Transportes públicos caros sobrelotados e desconfortáveis

Trânsito, habitação e transportes públicos são os aspetos mais negativos em Lisboa.

21 de maio de 2017 às 09:48
Crescimento da Carris levou à contratação de 30 motoristas e à aquisição de 125 autocarros Foto: João Santos
PSD, Governo, Câmara Municipal de Lisboa, Carris, economia, negócios e finanças, transportes Foto: João Santos
Passes, crianças, gratuitos, idosos, descontos, Metro, Carris, Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, economia, negócios e finanças, transporte rodoviário Foto: Sérgio Lemos

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Viagens demoradas, preços elevados, horários inconvenientes, sobrelotação e desconforto são as principais razões invocadas pelos lisboetas para não utilizarem mais vezes os transportes públicos, revela um estudo da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, feito a pedido da câmara da capital.

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Segundo o estudo, a maioria dos lisboetas inquiridos - foram ouvidos mais de 2500 moradores maiores de 15 anos - disse estar satisfeita com a qualidade de vida na cidade. Contudo, o estacionamento, o trânsito e as regras da habitação deixam a desejar. No caso dos transportes públicos, o preço é a característica avaliada de forma mais negativa, com 59,8% dos inquiridos a considerarem "muito mau" (18,4%) ou "mau" (41,4%).

Quanto à sobrelotação, 13,9% dos inquiridos consideraram "muito má" e 32,2% como "má". Cerca de 37% dos inquiridos declararam usar carro ou mota para ir para o trabalho, contra 32,6% que usam os transportes públicos (autocarro, metro, barco e elétrico). Significativa é também a percentagem dos inquiridos que só se deslocam a pé para o trabalho ou para a escola (24,4%). O uso da bicicleta, não obstante o aumento das ciclovias, é muito reduzido: apenas 0,3%.

Apesar de tudo, o estudo revela que 60,9% dos inquiridos fazem uma avaliação positiva dos transportes públicos, contra 30,8% que declararam estar pouco satisfeitos e 3,1% nada satisfeitos.

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Comentando o estudo, o vice-presidente da CML, Duarte Cordeiro, admite que a habitação e os transportes precisam de mais investimentos. Note-se que no caso da Carris, a autarquia vai investir 80 milhões de euros até 2019, dos quais 61 milhões na renovação da frota de autocarros e elétricos.

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