"Trata-se de um caso de roubo de identidade": professor acusado de assédio a alunas de medicina do Porto fala ao CM
Denúncia das alunas refere mensagens enviadas pelo professor e reações às publicações que fazem nas diversas redes sociais .
"Nunca assediei ninguém, seja pessoalmente ou através de meios digitais. Trata-se de um caso de roubo de identidade". As declarações são do professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto que está a ser acusado por um grupo de estudantes de assédio e perseguição nas redes sociais. As jovens apresentaram queixa na Universidade do Porto. A notícia foi avançada, este sábado, pelo Correio da Manhã.
As denunciantes acusam o professor - que é médico e membro da delegação de Braga da Ordem dos Médicos - de as importunar e perseguir através das redes sociais. Dizem que "interage compulsivamente" em publicações pessoais nas suas redes sociais e que "manda mensagens inoportunas". As alunas denunciaram o caso à Universidade do Porto que confirmou a queixa, ao CM, e que agora confirma também a suspensão preventiva do docente.
O professor, contactado pelo CM, numa primeira fase, recusou-se prestar declarações, mas entretanto, contactou-nos para dizer que já apresentou queixa nas autoridades e para esclarecer que não tem este tipo redes sociais. "Não possuo as redes sociais que foram referidas, nunca enviei qualquer mensagem", disse.
A denúncia das alunas refere mensagens enviadas pelo professor e reações às publicações que fazem nas diversas redes sociais e até tentativas de contacto através de plataformas de encontros como Tinder ou o Bumble.
As estudantes, com idades entre só 17 e os 22 anos, anexam na queixa cópias de mensagens enviadas pelo professor que consideram inadequadas. Num dos casos o médico é confrontado por uma das alunas sobre a diferença de idades. o docentes pergunta à aluna se tem namorado e ela responde que não, sublinhando que tem 19 anos. Ao que o médico responde: "Mulher para ter filhos deve ser nova. Queres ter?", questiona.
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