Pânico na praia em Portimão

Condutor sem carta e alcoolizado acelerou para cima de multidão.

13 de julho de 2015 às 00:30
Vítimas, assistidas, bombeiros Foto: D.R.
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Pânico, gritos e pessoas estendidas no chão. Foi este o cenário de horror vivido por quem estava na madrugada de ontem na Praia da Rocha, em Portimão, no momento em que um condutor acelerou o carro em direção à multidão que se divertia na noite algarvia, na avenida Tomás Cabreira. Treze pessoas ficaram feridas depois de o condutor de 25 anos – alcoolizado e sem carta –, ter desobedecido a duas ordens de paragem de agentes da PSP.

O incidente aconteceu pouco antes das 04h00. O condutor do carro, Alberto Afonso, foi abordado por um agente da PSP à entrada da avenida, que está condicionada ao trânsito. Foi nessa altura que colocou o pé no acelerador em vez de travar. Alguns metros à frente, um agente do Corpo de Intervenção ainda se colocou à frente do carro, mas foi obrigado a saltar para o lado para não ser colhido.

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Os momentos seguintes foram de pânico, com várias pessoas a serem atingidas pelo carro a alta velocidade. "Ouviam-se gritos e viam-se pessoas pelo ar, a voarem e a serem arrastadas pelo carro", disse, minutos depois, Carlos Lopes, que presenciou tudo quando aguardava pela filha.

Quem assistiu, num misto de pânico e impotência, pouco ou nada conseguiu fazer parar travar o condutor, que voltou a fugir e abandonou o carro, da namorada, a cerca de um quilómetro do local. Deixou para trás 13 vítimas, 11 homens e duas mulheres, dos 17 aos 32 anos. Onze já tiveram alta e apenas dois inspiravam mais cuidados.

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O condutor fugiu para casa mas foi detido pouco depois pela PSP, que montou uma operação de caça ao homem. Não tinha carta e acusou 0,78 g/l de álcool no sangue. Carlos da Silva, outra das muitas testemunhas no local do crime, viu a prima ser colhida pelo automóvel. "Foi uma tentativa de homicídio. Essa pessoa tem de pagar pelo que fez porque colocou a vida de muita gente em perigo", referiu ao CM

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