Tribunal revela hoje se 'serial killer' do Algarve é condenado pelo homicídio de prostituta

Três anos depois da morte de Josielly Rodrigues, três juízes e oito jurados (quatro efetivos e quatro suplentes) vão revelar esta quarta-feira se José Mascarenhas, conhecido como 'serial killer' do Algarve, se é condenado ou absolvido pelos crimes de sequestro, homicídio qualificado e profanação de cadáver desta mulher que se dedicada à prostituição, em Vilamoura.

Na última sessão, durante as alegações finais, o magistrado do Ministério Público pediu que o arguido,  fosse condenado a pelo menos dois terços da pena que possa vir a ser aplicada pelo Tribunal de Faro, ou seja, cerca de 20 anos de prisão.

José de Mascarenhas, conhecido por Kenny, está a ser julgado por sete crimes, incluindo sequestro, homicídio qualificado e profanação de cadáver.

Segundo o Ministério Público (MP), Kenny pagava pelos serviços sexuais prestados pela vítima. O facto de saber que Josiely auferia rendimentos elevados tê-lo-á levado a orquestrar um plano para lhe roubar os cartões bancários e dinheiro.

Durante o encontro, de acordo com o MP, agrediu fisicamente e manietou a vítima. Não conseguiu fazer levantamentos multibanco, mas convenceu uma funcionária de um bar de alterne a servir de intermediária numa transferência de 920 euros da conta da vítima.

A viatura usada no crime, que era da namorada do arguido, foi encontrada abandonada, com luvas pretas, fita adesiva e o telemóvel de Josielly Rodrigues no interior.

José Mascarenhas, que já foi condenado pela morte de Tatiana Mestre, em 2019, mas depois libertado pelo Tribunal da Relação de Évora, está ainda acusado da morte de Sandra Andrade, motorista de TVDE morta em 2023. O julgamento deverá começar no início do próximo ano.

Atualmente cumpre pena de prisão num processo por tráfico de droga.