Tribunal suspende técnico municipal
Manuel José Silva proibido de entrar na Câmara de Braga.
Suspensão de funções enquanto decorre a investigação, proibição de entrar nas instalações da Câmara de Braga e de contactar com os colegas de serviço, vereadores e até o presidente da câmara, assim como com o arquiteto Marcelo Oliveira, que também é arguido no caso. Esta foi a decisão do juiz de instrução criminal de Braga, esta quarta-feira, após longo interrogatório a Manuel José Silva, o técnico superior da autarquia, detido na terça-feira.
Já Marcelo Oliveira, que beneficiaria de "serviços" encaminhados pelo funcionário da secção de Urbanismo da Câmara, tem de pagar, no prazo de 10 dias, uma caução de oito mil euros e de se apresentar na PSP uma vez por semana.
Ao que o Correio da Manhã apurou, os arguidos não esclareceram a maior parte das questões levantadas pelo juiz, mas o facto de os advogados de defesa terem solicitado a consulta de todo o processo, que tem mais de duas mil páginas, fez com que o inquérito se prolongasse por mais de cinco horas.
Manuel José é suspeito de, enquanto técnico superior da área do urbanismo, ter recebido luvas para acelerar processos de legalização de obras. Para além disso, é também suspeito de encaminhar vários trabalhos para o gabinete de Marcelo Oliveira. O funcionário e o arquiteto são acusados de corrupção, extorsão, fraude fiscal e branqueamento de capitais. A PJ admite bater à porta de outros gabinetes de arquitetura.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt