Único sobrevivente de explosão que matou pais e irmã em Vila Nova de Milfontes precisa de ajuda com tratamentos

O único sobrevivente da tragédia de Vila Nova de Milfontes falou pela primeira vez sobre a explosão que tirou a vida aos pais e à irmã, a 26 de junho. Francisco, de 13 anos, esteve internado durante um mês e as marcas do acidente ainda são bem visíveis. Num vídeo publicado nas redes sociais por um influencer canadiano que se dedica a ajudar quem mais precisa, Francisco recorda o momento em que acordou na sequência de um forte estrondo, rodeado de escombros.

“O meu pai foi tomar um duche, foi para o chuveiro e explodiu. Acordei com o estrondo”, diz Francisco no vídeo, em que deixa transparecer que tem marcas mais profundas do que as que são visíveis: “Gostava de poder passar mais tempo com eles e de os ver mais uma vez.” Essa é, de resto, a sua mensagem para o mundo: “Se não passarmos tempo com algo de que gostamos ou com alguém que amamos, tudo pode desaparecer.”

A explosão teve origem numa fuga numa botija de gás butano. Os corpos da mulher, Hélia Santos, de 48 anos, e da filha mais nova, Luísa, de 9 anos, foram encontrados debaixo dos escombros da casa. O homem, que ficou gravemente ferido com 70% do corpo queimado, viria a morrer no hospital, em Coimbra. Francisco sobreviveu e esteve um mês internado. Os tratamentos prosseguem, mas o adolescente, que é adepto do Benfica e um fã de Cristiano Ronaldo, precisa de ajuda com as despesas. No lugar de Brunheiras, em Vila Nova de Milfontes, há iniciativas solidárias que visam recolher fundos para o jovem.