Utentes e autarca exigem construção de novo hospital
Unidade terá 440 camas e servirá as 590 mil residentes nos 47 concelhos do Alentejo.
O projeto do novo Hospital Central de Évora, suspenso desde 2011 pelo anterior governo de coligação PSD/CDS devido às restrições orçamentais, ganhou agora um novo fôlego. O deputado do Partido Comunista, João Oliveira, entregou no Parlamento um projeto de resolução para a concretização do hospital. E, se for aprovado pelas bancadas do PS, PCP e BE, a obra poderá avançar ainda neste ano, num investimento na ordem dos 94 milhões de euros.
"Precisamos de mais serviços e especialidades que evitem as inúmeras deslocações de utentes às unidades de saúde de Lisboa", frisa Lina Maltez, do Movimento de Utentes de Évora.
O atual Hospital do Espírito Santo está dividido em três edifícios, um dos quais com 500 anos e outro com quatro décadas. "Os custos de manutenção são elevados. Há doentes internados que têm de se deslocar entre edifícios para realizar exames", acrescentou.
O autarca local, Carlos Pinto de Sá, define também como "prioritária" a construção do hospital. Na semana passada solicitou uma audiência com o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, para reclamar o avanço da obra.
O projeto prevê um edifício com 78 mil metros quadrados e 351 camas, extensível a 440. Abrange os 590 mil residentes dos 47 concelhos da região Alentejo. O novo hospital terá ainda 1605 lugares de estacionamento e 170 mil metros quadrados de espaços verdes.
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