Mulher obrigada a pagar carro que não comprou
Contraíram empréstimo de 39 mil euros em nome de mulher residente em Benavente.
Uma mulher residente em Benavente descobriu que foi vítima de burla, praticada há quase dez anos, quando vários documentos falsificados em seu nome foram usados para comprar um carro – através de um empréstimo de 39 mil euros. "Eu só soube quando quis contrair um crédito e me disseram que tinha o meu nome na lista negra do Banco de Portugal", explicou ao CM a vítima, Carla Alcaparra, de 28 anos.
O caso remonta a 2009, quando alguém usou a sua identificação, comprovativo de morada e recibo de vencimento – na altura, Carla tinha 18 anos e nem trabalhava – para celebrar um contrato de crédito junto de uma empresa de locação financeira para a compra de uma carrinha Peugeot, em Évora.
Carla, que de 2010 a 2016 esteve emigrada na Suíça e Reino Unido, diz que nunca entrou no stand e nunca viu o tal carro. Mas, segundo os documentos que já conseguiu reunir, foi feito em seu nome um crédito de 39 mil euros, ficando o veículo em nome de Joel Fialho, que garante não saber quem é.
Quando descobriu o logro, Carla apresentou queixa na PJ, mas ficou a saber que quanto à falsificação de documentos já era tarde, pois o crime prescreve ao fim de 5 anos.
"Se eu não sabia que tinha sido burlada, como podia apresentar queixa mais cedo?", questiona a vítima, que fez denúncia por burla (tem prazo de prescrição de 10 anos, que também se está a esgotar).
Entretanto, Carla Alcaparra entrou com um processo cível em Évora contra a marca, por aceitar um crédito fraudulento.
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