Mulher obrigada a pagar carro que não comprou

Contraíram empréstimo de 39 mil euros em nome de mulher residente em Benavente.

25 de novembro de 2018 às 01:30
Carla Alcaparra esteve emigrada seis anos e quando regressou descobriu o esquema em que foi envolvida Foto: Vítor Reno
Polícia Judiciária (PJ) Foto: Duarte Roriz
PJ, Polícia Judiciária, costas, xxx Foto: Diogo Pinto
Polícia Judiciária xxx, costas Foto: Diogo Pinto
Polícia Judiciária, xxx Foto: Pedro Catarino

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Uma mulher residente em Benavente descobriu que foi vítima de burla, praticada há quase dez anos, quando vários documentos falsificados em seu nome foram usados para comprar um carro – através de um empréstimo de 39 mil euros. "Eu só soube quando quis contrair um crédito e me disseram que tinha o meu nome na lista negra do Banco de Portugal", explicou ao CM a vítima, Carla Alcaparra, de 28 anos.

O caso remonta a 2009, quando alguém usou a sua identificação, comprovativo de morada e recibo de vencimento – na altura, Carla tinha 18 anos e nem trabalhava – para celebrar um contrato de crédito junto de uma empresa de locação financeira para a compra de uma carrinha Peugeot, em Évora.

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Carla, que de 2010 a 2016 esteve emigrada na Suíça e Reino Unido, diz que nunca entrou no stand e nunca viu o tal carro. Mas, segundo os documentos que já conseguiu reunir, foi feito em seu nome um crédito de 39 mil euros, ficando o veículo em nome de Joel Fialho, que garante não saber quem é.

Quando descobriu o logro, Carla apresentou queixa na PJ, mas ficou a saber que quanto à falsificação de documentos já era tarde, pois o crime prescreve ao fim de 5 anos.

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"Se eu não sabia que tinha sido burlada, como podia apresentar queixa mais cedo?", questiona a vítima, que fez denúncia por burla (tem prazo de prescrição de 10 anos, que também se está a esgotar).

Entretanto, Carla Alcaparra entrou com um processo cível em Évora contra a marca, por aceitar um crédito fraudulento.

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