“Vi o Vítor chegar e tirar a caçadeira”, conta ex-companheira de suspeito de homícidio
Mulher estava no local do crime. Arguido está acusado de matar a tiro um taxista de 73 anos, no Algarve.
Vi o Vítor chegar de carro e tirar a caçadeira da bagageira. Depois ouvi o tiro". O relato foi feito, na tarde de quarta-feira, no Tribunal de Portimão, pela ex-companheira de Vítor Valério, de 49 anos, que responde pelo homicídio, a tiro de caçadeira, do taxista José Pacheco, de 73 anos, na esplanada do snack-bar ‘A Fonte’, entre Monchique e Alferce.
De acordo com a testemunha, de 45 anos, que aquando do crime vivia maritalmente com o arguido, após o disparo viu Domingos Ribeiro, o dono do snack-bar, tentar tirar-lhe a caçadeira. E depois já só viu o taxista, que a tinha levado momentos antes até ao estabelecimento, onde já tinha trabalhado, estendido no chão.
A mulher afirmou ainda que o arguido, assim que se apercebeu de quem tinha atingido, esteve sempre ao lado da vítima até à chegada dos meios de socorro, a tentar estancar o sangue da ferida e a dizer "Pacheco, não morras". O arguido, que atualmente se encontra em prisão preventiva, responde pelos crimes de homicídio na forma tentada, homicídio negligente e condução sob o efeito do álcool. Quando foi detido pela GNR, que chegou ao local momentos depois, acusou uma taxa de 2.46 gramas de álcool por litro de sangue. O crime ocorreu cerca das 22h30 de 11 de julho do ano passado.
O verdadeiro alvo de Vítor Valério seria o dono do snack-bar, que estava sentado ao lado do taxista e do qual o homicida tinha ciúmes por pensar que aquele mantinha uma relação com a sua companheira.
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