VIA DO INFANTE CHEGA AO FIM EM 11 DE ABRIL
A Via do Infante deverá ficar, finalmente, concluída no próximo mês de Abril, revelou ao CM o presidente da Câmara de Lagos, Júlio Barroso. Segundo o autarca, “as informações disponíveis e seguras apontam para 11 de Abril a data de inauguração da última fase do troço Lagoa – Lagos”.
Antes, o troço entre Alcantarilha e Lagoa, com cerca de oito quilómetros, deverá abrir ao trânsito em Fevereiro, “o mais tardar em Março”, conforme garantiu uma fonte da autarquia lagoense.
A abertura deste troço vem assim acabar com o autêntico ‘quebra-cabeças’ que é a EN125, na passagem pela cidade de Lagoa.
Nesta cidade, em determinadas horas do dia e ao longo de todo o ano – com particular agravamento no Verão, na zona da Fatacil e quando esta feira decorre, em Agosto –, formam-se imensas filas de carros, num ‘pára-arranca’ constante, capaz de fazer perder a paciência ao automobilista mais sereno e calmo.
Aliás, a conclusão da Via do Infante não se traduz apenas na melhoria de trânsito para Lagoa, mas para toda a zona do Barlavento algarvio, servido até aqui pela denominada ‘Rua’ 125, uma estrada congestionada, com pontos críticos de trânsito, onde os acidentes se sucedem, muitas vezes com consequências trágicas.
Para concluir a Via do Infante, entre Alcantarilha e Lagos, tiveram que ser construídos uma nova ponte sobre o rio Arade e vários viadutos. Foram ainda abertos nós de acesso a Silves, Lagoa, Portimão e Lagos.
À ESPERA DOZE LONGOS ANOS
A conclusão da Via do Infante acaba com um longo ‘calvário’ do Barlavento algarvio. Durante doze ‘longos’ anos, esta zona do Algarve esperou e desesperou pelas obras que permitissem circular, em auto-estrada, entre Vila Real de Santo António e Lagos.
O primeiro troço da Via Longitudinal do Algarve, a famigerada Via do Infante, entre Vila Real de Santo António e Boliqueime, foi inaugurado em 1990, no governo de Cavaco Silva.
Seguiu-se-lhe o de Albufeira, aberto dois anos mais tarde. A auto-estrada ficaria parada vários anos e só há cerca de dois anos, no governo de Guterres abriu o troço até Alcantarilha.
O custo total das obras entre Alcantarilha e Lagos ascende a cerca de duzentos e dezoito milhões de euros.
Entretanto, o nó de acesso a Portimão, ‘cortando’ os lugares da Ladeira do Vau e do Malheiro, apesar de levantar fortes críticas das populações – que chegaram a cortar o trânsito junto aos locais, como forma de protesto – sempre vai avançar no local previsto.
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