Vice de Mesquita tinha luvas na conta do filho

PJ deteta conta na MAN em nome do filho de Vítor Sousa.

13 de fevereiro de 2016 às 18:22
13-02-2016_03_32_16 13 vice mesquita.jpg Foto: Eduardo Martins
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Até pelo menos março de 2010, Vítor Sousa - que foi vice de Mesquita Machado e candidato à Câmara de Braga - usou o nome do filho para esconder as luvas que recebia da MAN para a compra de autocarros por parte da empresa pública Transportes Urbanos de Braga (TUB), de que era administrador. A investigação da PJ de Braga apurou que essa conta-corrente, além de outra apenas em nome de Vítor Sousa, evidenciava na contabilidade da sociedade Meneses da Costa - dona da MAN Braga - saldos relativos a depósitos, totalizando pelo menos 34 628 euros, sendo 22 mil euros da conta do filho do braço-direito de Mesquita Machado.

A investigação apreendeu diversos cheques que eram passados pela empresa MAN à ordem de Vítor Sousa, a maioria no valor de cinco mil euros.

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Mas todo o dinheiro que ganhou com as luvas, durante uma década, terá desaparecido. Vítor Sousa declarou agora ao tribunal que só tem três prédios, mas todos adquiridos muito antes destes factos e que pertencem também à ex-mulher, sendo que ainda não fizeram a divisão de bens. Garantiu ainda que as contas não têm saldo relevante.

Amigos de Mesquita em cargos de topo

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Tanto Vítor Sousa como Cândida Serapicos eram amigos e pessoas da confiança de Mesquita Machado. Socialistas destacados na concelhia de Braga, ambos passaram a ocupar cargos de destaque na empresa privada que foi criada para gerir os transportes urbanos de Braga.

Secretária de ex-autarca recebia prendas no valor de 1250 euros todos os meses 

Durante dois anos, entre 2003 e 2005, Cândida Serapicos – ex-vogal dos TUB e secretária do gabinete de apoio à presidência de Mesquita Machado – recebeu mil euros por cada autocarro que a MAN vendeu aos TUB.

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Em 2008, as condições foram revistas e a empresa dos autocarros aumentou as comissões a Cândida Serapicos, para 1250 euros por cada veículo. Por questões de liquidez da empresa, a ex-vogal recebia mensalmente um cheque de 1250 euros – documentos que constam na contabilidade da MAN.

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