Violada recorre

O Ministério Público quer que o psiquiatra João Vasconcelos Vilas Boas, de 48 anos, seja condenado a uma pena de prisão efectiva pela violação de uma paciente grávida de oito meses, em Setembro do ano passado, no seu consultório na Foz, no Porto.

16 de novembro de 2010 às 00:30
Porto, Violação, Julgamento, Indemnização Foto: DIOGO PINTO
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Na primeira instância foi condenado a cinco anos de cadeia, com pena suspensa, sendo que o recurso para o Tribunal da Relação do Porto já foi entregue. A família da vítima recorreu da decisão quanto à indemnização. Também o advogado do médico interpôs recurso.

Como a decisão ainda não transitou em julgado, ao que o Correio da Manhã apurou, o médico continuará a trabalhar no Centro de Respostas Integradas Oriental, no Porto. Também a investigação a cargo da Inspecção-Geral das Actividades na Saúde ainda não foi concluída e o clínico continua a estar inscrito na Ordem dos Médicos.

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"Continuamos a entender que é uma injustiça ele não ter sido condenado a ir para a cadeia", disse ao CM a mãe da vítima, de 30 anos, admitindo que neste caso a filha apenas pode recorrer da indemnização cível pelos danos. "Nenhum dinheiro pagará o que a minha filha sofreu, sofre e ainda vai sofrer. Estamos revoltados com tudo isto", acrescentou, sublinhando que já entregaram na Relação o recurso relativo à indemnização fixada em trinta mil euros. A família volta a pedir o valor avançado para a primeira instância: 100 mil euros.

O médico, que após ter avançado três versões diferentes às autoridades, assumiu no Tribunal de S. João Novo, no Porto, que teve relações sexuais com a paciente, em avançado estado de gravidez. Em Julho foi severamente criticado durante a leitura do acórdão pela juíza que julgou o caso, mas aplicou ao clínico uma pena suspensa.

O advogado de João Vasconcelos Vilas Boas também entregou o recurso à condenação.

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