Vítima da Máfia de Braga foi estrangulada por bruxo em armazém
Confissão de Hélder Moreira vale como prova.
A confissão foi feita por Hélder Moreira no inquérito e foi ontem lida no Tribunal de São João Novo, no Porto, no julgamento da Máfia de Braga. São sete páginas de um depoimento em que o dono do armazém, onde o cadáver do empresário foi dissolvido, revela que foi o ‘bruxo da Areosa’ que tirou a vida a João Paulo Fernandes.
"Hélder Moreira revelou que a morte ocorreu no armazém, sendo-lhe dito pelo Manuel/ ou Filipe que o Paulino estrangulou a vítima enquanto estava amarrada", diz o auto de interrogatório do arguido, que foi ouvido pela PJ e pelo procurador.
Hélder revelou ainda que, para além do bruxo, no homicídio participaram Rafael Silva e os irmãos Adolfo e Manuel Bourbon. Garante que não assistiu ao crime, mas que ainda viu "o cadáver dentro de um bidão". O depoimento, prestado em outubro de 2016, foi lido a pedido do Ministério Publico, já que o arguido tem permanecido calado. É válido como prova.
Esta decisão foi contestada pelos advogados de defesa, que tentaram anular a confissão invocando que o primeiro defensor do arguido se ausentou durante o interrogatório. O testemunho de Hélder foi confirmado pelo de Joaquim Ferreira, que foi chamado ao armazém para ajudar na limpeza. Disse que os suspeitos tinham fatos brancos e máscaras. "Fui ao armazém picar o chão e o Hélder disse ‘sabes o que passou aqui?’. Eu perguntei se tinha lá estado um corpo e ele acenou afirmativamente", contou.
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