Zona de Figo Maduro afetada por pó e barulho
Transtornos duram há um ano e estão a deixar moradores da Quinta da Francelha em desespero.
Um estaleiro de obra em Figo Maduro, Loures, está a causar transtornos aos moradores da zona, que se queixam da poeira intensa e do barulho que dura há um ano.
"A poeira e o barulho prejudicam a saúde, o bem-estar, o património e o dia a dia das pessoas que vivem aqui", disse ao CM Leonor Patrício, de 69 anos, que vive a poucos metros do estaleiro. "Às vezes as máquinas começam a trabalhar ainda durante a noite. Há um constante entra e sai de camiões.
O movimento das máquinas já levou à queda de um muro da minha casa", conta. Leonor Patrício vive na Quinta da Francelha, edifício do século XVIII, classificado como imóvel de interesse público, onde são visíveis fendas nas paredes resultantes do trabalho das máquinas pesadas. "Já fizemos várias queixas mas até agora não resultou. Não posso abrir as janelas. Os vidros não são lavados, não vale a pena. A areia amontoada torna o ar, principalmente no verão, irrespirável", conta. Em frente do local há um estacionamento pago, mas os utilizadores queixam-se que as viaturas ficam totalmente cobertas de pó.
O terreno onde está montado o estaleiro é propriedade da Câmara de Loures. O local estava destinado a um espaço de utilidade pública. "A câmara pôs o compromisso de lado e alugou o terreno à construtora do empresário Manuel Alves Ribeiro", refere Francisco Patrício, advogado dos proprietários da Quinta da Francelha. "A câmara já foi notificada pela Direção-Geral do Património Cultural para suspender os trabalhos. Até agora, nada feito", acrescenta.
O CM contactou a construtora Alves Ribeiro, mas não obteve resposta.
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