Construído nos finais do século XIV, o Forte da Ínsua, localizado numa ilha junto à foz do rio Minho, em Caminha, já foi casa de frades franciscanos da Galiza, foi também ocupado tropas francesas e espanholas durante as invasões e, posteriormente, por faroleiros e as suas famílias. Nas últimas décadas, acabou por ficar ao abandono e alvo de pilhagens. Agora vai dar lugar a um hotel de luxo, no âmbito do programa ‘Revive’.
"Estamos muito satisfeitos com o interesse demonstrado pelos grupos. As propostas serão abertas na próxima semana durante a reunião do júri", disse ao
CM, Miguel Alves, autarca de Caminha. Ao todo, são quatro empresas, três portuguesas e uma francesa, que demonstraram interesse na concessão daquele espaço. "Quem vencer o concurso irá ficar responsável pela reabilitação do forte, das muralhas e naturalmente criar condições de habitabilidade como água e luz", referiu o edil.
Os acessos também serão algo a ter em conta por parte do grupo ganhador. "A empresa vai obrigatoriamente ter de criar um cais de embarque e gerir essa forma de aceder à ilha. Haverá dias em que, face ao mau tempo, as pessoas não poderão navegar e estarão isoladas, o que dará até um certo charme ao local", acrescentou.
Com um "investimento avultado" e com previsão de conclusão "nos próximos quatro ou cinco anos", este projeto é um regozijo para a autarquia. "Todos sabemos a história do forte e, apesar das promessas de há mais de 40 anos, nada foi feito. Mesmo não dormindo lá, as pessoas podem ir visitar o local. Caminha será falada nos quatro cantos do mundo", rematou.