A Garagem Almeida Navarro tem até final do mês de agosto para abandonar o espaço de 1200 metros quadrados que ocupa desde 1917 na rua da Palma, nº 246, em Lisboa.
Segundo o site
O Corvo, o ultimato foi feito pela Câmara de Lisboa, proprietária do imóvel, que em 2012 aprovou o estudo prévio para construção naquele espaço da praça e da Mesquita da Mouraria.
A autarquia previa gastar 3 milhões de euros, incluindo expropriações, na edificação do templo islâmico para a comunidade bengali. O projeto gerou polémica quando foi conhecido, em 2013, era António Costa o presidente da autarquia, devido ao facto de o município o pagar com verbas próprias.
Há também ordem de despejo até dia 31 de duas lojas exploradas por empresários chineses e de um escritório de uma confederação.
"É quase impossível cumprir o prazo, não sei o que vamos fazer da nossa vida", disse David Carvalho, de 53 anos, gerente da garagem, onde habitualmente estacionam sete dezenas de carros.
No mesmo quarteirão, na rua do Benformoso, a câmara tomou posse administrativa em 2016 de dois imóveis propriedade de António Barroso, também com o objetivo de os demolir para construir a mesquita.
Mas dois anos volvidos o proprietário ainda ocupa o edifício e espera pela conclusão de processos que correm em tribunal. António Barroso recusou 613 mil euros da autarquia, que posteriormente subiu a parada para 953 mil euros.
O proprietário, que exige 1,9 milhões, voltou a recusar.
O
CM questionou a Câmara de Lisboa, mas não obteve qualquer resposta.