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Correio da Manhã

Portugal

Garagem despejada para construir mesquita em Lisboa

Mesquita da Mouraria foi aprovada em 2012 e provocou muita polémica
Bernardo Esteves 9 de Agosto de 2018 às 08:45
Autarquia lisboeta pretende demolir estes imóveis na rua da Palma para construir um templo islâmico
Autarquia lisboeta pretende demolir estes imóveis na rua da Palma para construir um templo islâmico
Autarquia lisboeta pretende demolir estes imóveis na rua da Palma para construir um templo islâmico
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Autarquia lisboeta pretende demolir estes imóveis na rua da Palma para construir um templo islâmico
Autarquia lisboeta pretende demolir estes imóveis na rua da Palma para construir um templo islâmico
A Garagem Almeida Navarro tem até final do mês de agosto para abandonar o espaço de 1200 metros quadrados que ocupa desde 1917 na rua da Palma, nº 246, em Lisboa.

Segundo o site O Corvo, o ultimato foi feito pela Câmara de Lisboa, proprietária do imóvel, que em 2012 aprovou o estudo prévio para construção naquele espaço da praça e da Mesquita da Mouraria.

A autarquia previa gastar 3 milhões de euros, incluindo expropriações, na edificação do templo islâmico para a comunidade bengali. O projeto gerou polémica quando foi conhecido, em 2013, era António Costa o presidente da autarquia, devido ao facto de o município o pagar com verbas próprias.

Há também ordem de despejo até dia 31 de duas lojas exploradas por empresários chineses e de um escritório de uma confederação.

"É quase impossível cumprir o prazo, não sei o que vamos fazer da nossa vida", disse David Carvalho, de 53 anos, gerente da garagem, onde habitualmente estacionam sete dezenas de carros.

No mesmo quarteirão, na rua do Benformoso, a câmara tomou posse administrativa em 2016 de dois imóveis propriedade de António Barroso, também com o objetivo de os demolir para construir a mesquita.

Mas dois anos volvidos o proprietário ainda ocupa o edifício e espera pela conclusão de processos que correm em tribunal. António Barroso recusou 613 mil euros da autarquia, que posteriormente subiu a parada para 953 mil euros.

O proprietário, que exige 1,9 milhões, voltou a recusar.

O CM questionou a Câmara de Lisboa, mas não obteve qualquer resposta.
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