Mais de 150 mil motociclistas - o suficiente para encher por completo os vários parques de estacionamento do recinto - concentraram-se este domingo no Santuário de Fátima para a cerimónia da bênção dos capacetes.
De norte a sul do País, chegaram vários grupos, que aproveitaram a ocasião para conviver com outros motards, encontrar amigos de outras edições - a bênção realiza-se desde 2014 - e cumprir promessas.
Porém, nem todos conseguiram chegar a tempo da cerimónia, devido a problemas técnicos, que mesmo assim não impediram os motociclistas de cumprir o seu objetivo. Devido a uma avaria numa das motas, os 10 membros do Custom Club Coimbra só conseguiram chegar ao santuário já a bênção tinha terminado. "O nosso mote é sair todos juntos e chegar todos juntos", explicou ao
CM Luís Neves, que integrava o grupo. "Vimos cá todos os anos. Há pessoas mais religiosas do que outras, mas o mais importante é ter uma desculpa para dar uma volta", afirmou.
"O trânsito está demais este ano", queixou-se Esmeralda Henriques, que saiu às 7h00 de casa, em Linda-a-Velha (Oeiras). De Lordelo, em Paredes, veio um grupo de 50 pessoas: "A cerimónia foi bonita. Depois, o encontro valeu especialmente pelo convívio", disse Eduardo Barbosa.
Além dos motards experientes, o Santuário recebeu também estreantes. Dono de uma mota há seis meses, Joaquim Castanheira, de 50 anos, cumpriu a viagem, pela primeira vez, desde o Porto. "É um momento único. É uma forma de juntar a fé à mota", frisou. Do Porto veio também Marco Mateus. "Superou um bocadinho as expectativas", admitiu.