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Correio da Manhã

Portugal
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Rio Pônsul em Castelo Branco tem água com mínimos históricos

Nas últimas três semanas o caudal do afluente do Tejo desceu mais de dez metros.
Alexandre Salgueiro 3 de Outubro de 2019 às 08:45
População manifesta-se contra o baixo caudal
População manifesta-se contra o baixo caudal
População manifesta-se contra o baixo caudal
População manifesta-se contra o baixo caudal
População manifesta-se contra o baixo caudal
População manifesta-se contra o baixo caudal
População manifesta-se contra o baixo caudal
População manifesta-se contra o baixo caudal
População manifesta-se contra o baixo caudal
Há mais de 40 anos que o rio Pônsul, um afluente do Tejo no distrito de Castelo Branco, não tinha um caudal tão baixo. O nível da água desceu mais de 10 metros nas últimas três semanas e as populações afetadas, como a de Lentiscais, estão revoltadas.

A descida abrupta do caudal deve-se a descargas extraordinárias da albufeira espanhola de Cedillo, situada no Tejo a jusante da foz do Pônsul. "Fazem o que lhes apetece e não querem saber dos portugueses para nada. Mas os nossos governantes também deviam pressionar mais os de Espanha para evitar catástrofes como esta", diz, indignado, João Rua, que pesca no rio há mais de 40 anos.

"O que está aqui em causa é não só o impacto ambiental, mas também os prejuízos sociais e económicos para a região, já que há em Malpica e Lentiscais dois cais onde desembarcavam dezenas de turistas regularmente e que agora estão inutilizáveis", afirma Arlindo Marques, do Movimento Pro Tejo, avisando que vai demorar até o nível habitual ser reposto.

"Para quem vive do rio trata-se de uma calamidade", queixa-se a pescadora Conceição Rosa, que lembra que "há dezenas de famílias nesta região que vivem da pesca e que neste momento não têm qualquer fonte de rendimento. E das famílias que sobrevivem graças ao alojamento local e que não têm turistas".

Ao CM, Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco, manifesta indignação com o sucedido, "sobretudo por não ter havido um aviso prévio".

"O que é preciso agora é rever o acordo relativo a gestão dos caudais vindos de Espanha para que situações como esta não voltem a acontecer", remata o autarca.
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