A decisão de acabar com o Centro Hospitalar do Algarve (CHA) já foi tomada pelo ministro da Saúde, mas a separação dos hospitais algarvios, na prática, ainda poderá demorar muitos meses até ser concretizada.
O alerta foi feito ontem ao
CM pelo administrador do CHA, à margem de uma visita à unidade de Portimão da deputada e presidente do CDS-PP, Assunção Cristas.
Segundo Joaquim Ramalho, "qualquer decisão que venha a ser tomada terá de ser maturada e ponderada e a sua implementação será feita de forma a não perturbar o funcionamento" das unidades de saúde. O gestor hospitalar lembra ainda que, seja qual for o modelo que o Governo queira implementar, "será mais fácil com um centro hospitalar forte e não com uma instituição fraca".
Tal como o
CM já noticiou, a decisão de separar a gestão dos hospitais já foi tomada pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, que pediu um estudo à Administração Regional de Saúde do Algarve para avaliar o desempenho do atual modelo de gestão hospitalar.
O estudo foi pedido pelo Governo há mais de um ano, na sequência de problemas nos hospitais da região, principalmente a falta de meios e de médicos. E foi precisamente sobre a falta de clínicos que se falou durante a reunião entre a líder do CDS-PP e a administração hospitalar.
"Fizemos a avaliação do que são as maiores necessidades deste centro hospitalar e o que me foi transmitido é que existe uma necessidade recorrente de falta de profissionais de saúde, principalmente ao nível de médicos especialistas", referiu Assunção Cristas no final da visita.