“Mal sabemos quem somos”, desabafa Nadia Piazza da associação de familiares das vítimas, numa crítica ao Governo.
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A não divulgação, por parte do Governo, de uma lista oficial com todos os nomes das vítimas do incêndio de Pedrógão Grande é um dos primeiros problemas da associação de familiares que está a ser criada e pretende acompanhar o processo de investigação da tragédia. "Nós mal sabemos quem somos", disse ontem ao CM Nadia Piazza, da comissão instaladora da Associação de Familiares das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande (AFVIPG).
A mulher adianta que, "a par da verdade, a quem mais interessa o número de vítimas é justamente à associação: para nos podermos conhecer e trabalhar juntos, temos de saber quem somos, quem são os familiares das vítimas". "Não tem lógica", não estar a ser divulgada essa listagem, "o número de vítimas devia ser um não problema, mas o protelar dessa divulgação tornou isso uma questão", diz.
Nadia Piazza acredita que a lista oficial das vítimas será divulgada "esta semana", criticando "a falta de apoio psicológico sobretudo às crianças familiares das vítimas mortais" e considera "insuportável a demora na atribuição dos donativos". Outra questão que considera importante é "o conceito de vítima: não temos ainda um critério oficial, vamos ter de definir o nosso", explicou. A ideia será seguir "o mesmo conceito" que foi usado pela associação dos familiares das vítimas de Entre-os-Rios", que causou 59 mortes. A associação terá como sócios os familiares e amigos das vítimas mortais e dos feridos.
A preparação dos estatutos é acompanhada pelo Observatório de Justiça da Universidade de Coimbra. A prioridade da associação será acompanhar as investigações, constituindo-se assistente e, numa segunda fase, "ponderar os resultados das investigações e se se colocará a questão de uma ação popular ou um processo-crime" contra o Estado, tendo em vista a fixação de indemnizações.
Proteção Civil garante que são 64 as vítimas mortais
A Autoridade Nacional de Proteção Civil sustentou ontem que o incêndio do mês passado em Pedrógão Grande fez 64 vítimas mortais, em "consequência direta" do fogo, e que outros eventuais casos não se integram nos critérios "definidos".
Fúria das chamas leva perigo às aldeiasO dia de ontem voltou a ser muito complicado para mais de mil bombeiros que estiveram envolvidos no combate a quatro incêndios de grandes dimensões que deflagraram em Carvalhosas (Coimbra), Várzea dos Cavaleiros (Sertã) e Domingos da Vinha, Gavião. Em Carvalhosas e Ceira, nos arredores de Coimbra, a população ficou em pânico e recordou-se do que sucedeu há 12 anos em que um fogo deixou tudo negro.
"Começou no mesmo sítio. Há 12 anos não havia bombeiros mas hoje atuaram rápido", referiu uma habitante. Um empresário com uma fábrica na zona florestal foi impedido de avançar pela GNR, que cortou a estrada por estar na zona de fogo. "Se não o apagarem rápido vai atingir grandes proporções", disse.
Na Sertã, as chamas destruíram barracões, ameaçaram várias casas de habitação dispersas na floresta e da aldeia de Santo André das Tojeiras.
Costa diz que está "tudo esclarecido"
O primeiro-ministro afirmou anteontem à noite que "já está tudo esclarecido" relativamente à contabilização das vítimas mortais do incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande. "Está tudo esclarecido pela Proteção Civil e Ministério da Justiça", disse António Costa.
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