Pedro Primo pertencia ao grupo da sua terra há 10 anos.
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A tauromaquia está de luto. O forcado Pedro Primo, colhido com gravidade numa corrida de touros realizada no último sábado à tarde, na Tradicional Feira de Cuba, morreu ao final da noite de terça-feira, no Hospital Curry Cabral, em Lisboa. O forcado de 25 anos, natural daquela vila alentejana, despedia-se das praças depois de uma década nos amadores da terra Natal, mas não resistiu às lesões graves no fígado e às hemorragias internas.
Pedro Primo foi escolhido para pegar o segundo touro da tarde, da ganadaria Jorge de Carvalho. À terceira tentativa o forcado foi colhido com gravidade e transportado para o Hospital de Beja. Pedro abandonou a praça pelo seu próprio pé. Só à chegada ao Hospital de Beja manifestou expressões de dor abdominal, revelou fonte próxima da equipa de Bombeiros que fez o seu transporte.
Seguiram-se mais de 72 horas de luta pela vida, que terminaram de forma trágica, já em Lisboa, à espera de um transplante de fígado (ver caixa). Familiares, amigos e aficionados estão chocados com o desaparecimento de Pedro Primo. Na segunda-feira centenas de pessoas juntaram-se num cordão humano junto da Igreja Matriz de Cuba, onde rezaram pela sua recuperação. "Era um miúdo impecável que fazia dos forcados a verdadeira família", disse um amigo.
O jovem é descrito como "alegre, sociável e bem-humorado". A 7 de agosto, um dia após ter feito 25 anos, Pedro escreveu na sua página do Facebook: "A vida passa a correr e nem sempre temos tempo para pensar sobre aquilo que é realmente importante". À paixão pelos touros, Pedro Miguel Primo juntava o amor pelo futebol. O forcado era um adepto fervoroso do Benfica e uma presença assídua no Estádio da Luz.
"Os forcados eram a família do Pedro"
Pedro Primo teve uma infância difícil e há alguns anos que vivia num quarto alugado em casa de amigos. Aos 25 anos, o jovem que dedicou mais de uma década aos Forcados Amadores de Cuba era um "verdadeiro filho da terra".
Chegou aqui com seis ou sete anos e foi o percurso nos forcados que o salvou. "Eram a sua família", disse ao CM um amigo do jovem. Atualmente Pedro trabalhava no campo, depois de ter trabalhado também num lagar na zona de Ferreira do Alentejo. Visto como um rapaz "amigo de ajudar quem precisasse", era conhecido por toda a terra. "Teve uma relação conturbada com a família, mas sempre soube tocar a vida dele para a frente. Estava atualmente a tirar a carta e decidiu deixar as arenas como forcado, mas fazia questão de ficar ligado ao mundo dos touros"."Pela primeira vez alguém foi mais forte que tu. Olha pelos teus amigos e podes ter a certeza que nós vamos-te recordar para todo o sempre, e um dia vamos estar todos juntos novamente", escreveu no Facebook o empresário Inácio Ramos Jr., com quem Pedro colaborou, na empresa Toirolindo, na gestão da Praça de Touros da Moita.
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