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PJ caça foragido do caso Lava Jato

Raul Schmidt estava desaparecido. Foi capturado no Sardoal.

04 de fevereiro de 2018 às 07:51

Apanhado a viver em Lisboa ainda em 2016, Raul Schmidt tinha desaparecido nas últimas semanas após o Supremo Tribunal de Justiça ter ordenado a extradição para o Brasil a fim de ser julgado por corrupção, branqueamento de capitais e organização criminosa.

Raul Schmidt, recorde-se, foi considerado o ‘facilitador’ entre várias empresas e os ex-diretores da Petrobras no caso Lava Jato. Foi localizado este sábado por inspetores da Unidade de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária no Sardoal, a quase 200 quilómetros de Lisboa.

O empresário adquiriu nacionalidade portuguesa ainda no decorrer do processo e era este o seu grande trunfo para evitar a extradição. No final do mês de janeiro, Raul Schmidt não estava na morada que indicou à Justiça e quando a PSP tentou cumprir os mandados de detenção emitidos pelo Tribunal da Relação não o encontrou em casa.

A prisão foi ordenada depois de ter sido recusado o último recurso de Schmidt contra a extradição para o Brasil. O juiz relator do processo de extradição rejeitou, a 24 de janeiro, o pedido de reapreciação do acórdão por "falta de fundamento legal e violação do caso julgado" e emitiu mandados de detenção contra Raul Schmidt, com vista à extradição para o Brasil.

Raul Schmidt estava proibido de se ausentar do país e obrigado a apresentações semanais às autoridades, mas faltou a algumas das apresentações, justificando-se com atestados médicos.

A PSP foi averiguar mas nunca o encontrou na sua residência. Foi capturado este sábado.

Apanhado em casa de três milhões devido a rasto de despesas deixado pela mulher

Foi traído pelo cartão de crédito, nas mãos da mulher, que deixou um rasto de despesas e até entregar a morada aos investigadores da Polícia Judiciária após fornecer a direção numa loja.

As compras na avenida da Liberdade conduziram a PJ ao apartamento avaliado em três milhões e depois bastou esperar. Após três dias de vigilância foi detido em casa e levado a tribunal para ser extraditado a pedido do Brasil.

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