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Funcionários em greve fazem funeral à Justiça

Caixão foi colocado à porta do Tribunal de Braga e houve até um cortejo fúnebre.

22 de novembro de 2018 às 10:02

A Justiça está praticamente morta, mas temos a esperança de ressuscitá-la e, por isso, estamos aqui em força". Beatriz Martins fez um intervalo nos gritos de protesto para explicar ao CM o que a faz aderir a esta greve. "Somos o rosto da Justiça, somos nós que todos os dias damos a cara e sentimos que estamos a ser maltratados pelo Governo e pela senhora ministra da Justiça, que pura e simplesmente, faz de conta que não existimos".

Beatriz, que trabalha no Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão, faz parte do grupo de 350 funcionários judiciais da Comarca de Braga, que, ontem de manhã, se juntaram num grande protesto. Exigem "justiça" e "respeito".

E foram estas as palavras mais ouvidas durante a manifestação em Braga. Os funcionários judiciais colocaram um caixão à porta do Tribunal de Braga e fizeram até um cortejo fúnebre. Dizem que "a Justiça está moribunda" e querem ser ouvidos pela tutela. "Desde o dia 5 de novembro que estamos a cumprir dias de greve em tempo parcial, uma greve que terá para nós um custo muito elevado, mas estamos determinados e vamos prosseguir a nossa luta", vincou Manuel Sousa, do Sindicato dos Funcionários Judiciais, que hoje reúne com a ministra Francisca Van Dunem.

Estes trabalhadores exigem a revisão do estatuto profissional, da tabela remuneratória, ingresso na carreira, promoções e regime de aposentação.

Com cânticos carregados de mensagens para a ministra e para António Costa, bombos, apitos e muita determinação, os trabalhadores garantem que não silenciam as gargantas até serem ouvidos.

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