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Artigo exclusivo

PJ investiga morte de bebé por asfixia em Cascais

Ama da criança deu alerta aos pais e ao 112, mas médica que declarou óbito levantou suspeitas.

04 de dezembro de 2020 às 01:30

Faltavam poucos minutos para as 17h00 quando os Bombeiros de Alcabideche foram alertados para um bebé em paragem cardiorrespiratória. A primeira ambulância encontrou o menino no carro dos pais, parado na rua das Calçadas. Foi colocado na ambulância, onde foram feitas manobras de reanimação, mas sem sucesso.

A chamada inicial terá sido feita pela própria ama, que quase ao mesmo tempo ligou aos pais do bebé. Explicou que a criança estava a dormir e terá asfixiado devido ao cordão da chucha, que se enrolou ao pescoço. Já no hospital, onde o óbito foi declarado, os indícios encontrados levantaram suspeitas à médica de serviço. Foi neste momento que o militar da GNR colocado na unidade de Cascais foi chamado – nenhuma autoridade policial esteve no local do incidente – e registou a ocorrência. Por se tratar de uma morte suspeita, o caso foi comunicado à PJ, que tenta agora perceber se houve alguma responsabilidade da ama na morte – mesmo que por negligência – ou se se tratou de um caso de morte súbita.

O CM falou esta quinta-feira com a mãe da criança. Em lágrimas, apenas declarou que estava à espera da autópsia para saber o que de facto aconteceu com o filho.

No local para onde os bombeiros foram chamados, ninguém conhece a ama. Os moradores aperceberam-se apenas de “um bombeiro a carregar um bebé nos braços para a ambulância e fazer manobras de reanimação e de os pais a chorar do lado de fora”.

PORMENORES

Autópsia determinante

O resultado da autópsia será determinante para perceber se houve qualquer ação negligente ou intencional na morte do bebé quando estava aos cuidados da ama. Não está descartada a hipótese de se ter tratado de um caso de síndrome de morte súbita infantil.

Ama deu alerta

Foi a ama quem contactou os pais e o 112 quando se apercebeu de que o bebé não acordava da sesta. Os meios de socorro foram enviados ao local – nunca estiveram na casa da ama –, mas o caso só foi comunicado às autoridades no hospital.

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