page view

Lula da Silva com segurança reforçada pela polícia federal para passar o Natal em São Paulo

Presidente eleito do Brasil tem sido alvo de ameaças de morte.

24 de dezembro de 2022 às 15:45

O presidente eleito do Brasil, Lula da Silva, que tomará posse dia 1 de janeiro do próximo ano, teve a segurança fortemente reforçada por agentes da Polícia Federal (PF) para poder passar o Natal na sua nova residência particular, no bairro do Alto de Pinheiros, na zona oeste da cidade de São Paulo.

Lula tem sido alvo de ameaças de morte feitas por extremistas radicais ligados ao ainda presidente Jair Bolsonaro, que chegaram a dizer nas redes sociais terem contratado "snipers" (atiradores de elite), para abater o presidente eleito antes ou durante a cerimónia de posse, para evitar que ele assuma o comando do Brasil.

Na manhã deste sábado, véspera de Natal, cinco viaturas oficiais da Polícia Federal bloquearam a frente da casa onde Lula estava e sete agentes armados e com coletes da corporação eram visíveis ao longo da rua e abordavam e identificavam as pessoas que passavam, inclusive jornalistas. Outros estavam por trás dos muros do casarão, e, nas ruas ao redor, havia mais agentes e carros não identificados.

Apesar de não ser a Polícia Federal a responsável pela segurança do chefe de Estado eleito para ocupar esse cargo, e sim o Gabinete de Segurança Institucional, GSI, que tem sede no próprio palácio presidencial, em Brasília, Lula não aceitou ser protegido por agentes daquele órgão.

Desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência do país, em 1 de Janeiro de 2019, o GSI transformou-se numa espécie de polícia secreta particular do ainda presidente, agentes de carreira foram trocados por militares bolsonaristas radicais, a ponto de o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, ter dito dias antes que o Brasil ganharia muito se Lula morresse.

Face a isso e às ameaças de morte que chegam de todos os lados, Lula, após a eleição, a 30 de Outubro, decidiu manter na segurança os agentes da Polícia Federal que fizeram a sua proteção ao longo da campanha eleitoral e nos quais confia, tendo já nomeado o chefe desse grupo, delegado Andrei Augusto, como futuro director-geral da PF a partir do primeiro dia do próximo ano.

O GSI tentou impedir isso e tem feito de tudo para se aproximar do presidente eleito, mas a equipa de Lula tem impedido, o que chegou a gerar alguns episódios de tensão em Brasília, nomeadamente quando agentes do GSI tentaram instalar redes de comunicação nas salas cedidas ao presidente eleito e à equipa de transição de governo, mas foram impedidos e expulsos, por se suspeitar de que, na verdade, pretendiam instalar escutas.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8