Acusado de homicídio qualificado, Paulo Soares garantiu que disparou porque acreditava que a vítima estava armada e relacionou a situação com um processo de tráfico de droga que se encontrava em fase de julgamento.
O réu disse ainda que se encontrava no parque de estacionamento da praia das Pedras Negras, com uma mulher dentro do carro, quando ela de repente gritou “pessoa”.
'Quando olhei, vi um vulto junto ao retrovisor do meu lado esquerdo', disse, acrescentando que se assustou e ficou em 'pânico' quando ouviu a vítima gritar: 'Vou dar-te um tiro, vou-te matar'. 'Temi pela minha vida e pela da pessoa que estava comigo', salientou, acrescentando que saiu do carro e ficou de frente para a vítima, com o veículo no meio.
O agente da PSP terá atirado então dois tiros para o lado e um para o ombro da vítima depois de a mesma ter feito um movimento que o levou a temer que o indivíduo pudesse disparar uma arma.
Depois terá entrado em pânico quando viu que a vítima estava gravemente ferida, afirmando em tribunal que a sua maior “preocupação era chamar o socorro”.
Visivelmente emocionado durante a primeira sessão de julgamento, Pedro Soares confessou que os factos ocorridos há dois anos levaram-no a pedir uma baixa médica e acompanhamento psicológico, tendo originado também o seu divórcio, segundo a Lusa.
O julgamento prossegue esta tarde a partir das 14h15.