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"Agora podemos fazer o luto da nossa menina"

Famílias de Lamego aceitam receber corpos incompletos. Lágrimas no funeral de Ana.

12 de abril de 2017 às 08:55
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Realizou-se ontem o primeiro dos oito funerais das vítimas de Lamego

"Depois de uma semana de espera, finalmente podemos sepultar a nossa menina e fazer o luto, mas foi muito doloroso", disse entre lágrimas José Baptista, pai de Ana Sofia Baptista, a primeira das oito vítimas da tragédia de Lamego a ser sepultada.

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O funeral da jovem decorreu ontem à tarde em Veiros, Estarreja, precisamente uma semana depois da tragédia em que morreram também seis familiares e dois funcionários da empresa de pirotecnia Egas Sequeira em Adões, Lamego. "O corpo só nos foi entregue depois de assinarmos um documento no Ministério Público em como aceitávamos o corpo, mesmo sem estar completo", acrescentou o pai da jovem.

Esta é a condição imposta às famílias para receberem os corpos depois de identificados. Os restos mortais que não sejam identificados serão cremados pelo Instituto de Medicina Legal. O corpo de Hélder Neto poderia ser libertado ontem, mas a falta da assinatura da mãe, que se encontra hospitalizada, impediu que a funerária o levasse para Lustosa, Lousada onde o trabalhador residia com a mãe.

Celeste Sequeira, tia de Ana Sofia e mulher do dono da fábrica de pirotecnia - que também morreu na explosão - foi uma das presenças mais notadas nas cerimónias fúnebres. Também o presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, se deslocou a Veiros para estar ao lado da família de Ana Sofia. O acidente ocorreu a 4 de abril às 17h30, precisamente à hora em que começaram as cerimónias fúnebres de Ana Sofia.

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