As agressões a guardas prisionais subiram em 2019, pelo terceiro ano consecutivo. Segundo fonte oficial dos Serviços Prisionais, ocorreram 36 ataques a estes profissionais no ano transato, uma subida face aos 30 casos de 2018, e aos 29 de 2017.
No ano passado, ocorreram ainda duas evasões das 49 prisões nacionais, que envolveram dois reclusos. Ambos foram recapturados. Este aumento de casos de agressões a guardas ocorreu num ano em que se registou uma diminuição do número de reclusos.
Apesar de ainda não ter sido tornado público o Relatório Anual de Segurança Interna relativo ao ano passado, uma consulta ao site da Direção-Geral dos Serviços Prisionais permite verificar que estavam, a 31 de dezembro do ano passado, 12 793 reclusos nas prisões nacionais.
Um ano antes, eram 12 867 presos. Jorge Alves, presidente do Sindicato da Guarda Prisional, considera o aumento da violência contra os guardas "um sinal do horário de trabalho, que obriga a um contacto prolongado com os reclusos, e ainda da falta de punição disciplinar aos presos infratores".
PORMENORES50 reclusos não voltaramOs Serviços Prisionais disseram ainda ao
CM ter concedido 10 571 saídas precárias a reclusos no ano passado. Cinquenta dos presos beneficiados não regressaram, nos prazos definidos, às prisões.
Quebra de autoridadeO presidente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional, Jorge Alves, afirma que o aumento das agressões a guardas mostra "uma quebra de autoridade dos guardas nas prisões".
Demissão de guardas O líder sindical acrescenta que em quase todos os processos disciplinares abertos a guardas por agressões a reclusos "é proposta a medida punitiva de demissão do profissional".