O filho da mulher que estava morta há mais de um mês em casa, em Almargem do Bispo, garante que não ficou com a pensão da mãe.
A
CMTV falou em exclusivo com o filho, que assegurou que não manteve o cadáver da mãe por aproveitamento.
Pedro explicou que a mãe sofreu uma queda em janeiro, foi ao hospital com uma lesão na cabeça, mas voltou para casa para recuperar. O estado dela foi se deteriorando e acabou por falecer "a meio de março", na cama.
"Não me recordo do dia exato. Sei que a minha mãe não queria ser sepultada, queria ser cremada e eu, sem saber o que havia de fazer à vida, olhe, escondi o corpo", confessa.
"As pessoas já andavam desconfiadas, que eu não sou parvo. Ontem uma teve coragem [de pedir para entrar em casa], finalmente", disse, aludindo à senhoria, a quem pediu desculpa pelo que "está a passar".
Quanto à pensão de 454 euros atribuída à mãe, único sustento da casa, Pedro nega que tenha sido esse o motivo que o levou a guardar o corpo. "Nego com todas as forças do meu ser", diz. "Mas as pessoas podem pensar o que quiserem. Se quiserem pensar que ia fugir com 454 euros, que pensem".
Recorde-se que
Uma professora reformada com 73 anos foi encontrada esta segunda-feira morta na casa onde vivia com o filho, em Almargem do Bispo, Sintra. Pedro vivia com a mãe morta há um mês em casa, facto que confessou à PJ, que está a investigar o caso.