Peritos convidados para fazer a avaliação técnico-científica dos grandes incêndios estão esta quarta-feira reunidos pela primeira vez.
O ministro da Administração Interna disse esta quarta-feira que o Governo vai receber em novembro a análise que está a ser feita a 10% dos incêndios que deflagraram este ano e não conseguiram ser extintos em 90 minutos.
Os peritos convidados pelo Governo para fazer a avaliação técnico-científica dos grandes incêndios rurais de 2022 estão esta quarta-feira reunidos pela primeira vez no Ministério da Administração Interna (MAI), em Lisboa.
Este painel de especialistas, que reúne 30 personalidades provenientes de vários centros de investigação do país, nomeadamente alguns membros da comissão técnica independente que avaliou os fogos de 2017, vai entregar até novembro recomendações à comissão que está já a fazer uma avaliação dos grandes fogos deste ano.
A análise dos principais incêndios deste ano está a cargo da subcomissão de lições aprendidas da Comissão Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais, que integra a orgânica da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), liderada por Tiago Oliveira.
"Há um trabalho que já está em curso por parte da subcomissão nacional que desenvolve a metodologia das lições aprendidas, já reuniram quatro vezes e estão a olhar para os 10% dos incêndio que ultrapassaram os 90 minutos para poder detetar através da leitura da fita do tempo e avaliar o que há que corrigir e melhorar, com base numa metodologia adotada pela NATO", disse aos jornalistas o ministro da Administração Interna.
José Luís Carneiro sublinhou que os peritos vão recuperar conhecimento que já foi produzido desde 2017 e até novembro vai entrar as suas recomendações.
O relatório final, que incluirá as recomendações dos peritos e avaliação feita pela subcomissão, vai ser entregue até ao final de novembro aos ministros da Administração Interna e do Ambiente e Ação Climática, disse José Luís Carneiro.
"Esta comissão de períodos entregará os seus contributos e recomendações à subcomissão que depois entregará um relatório aos ministros", precisou.
O governante frisou que os especialistas "reconhecem que o sistema teve desde 2017 melhorias no conhecimento, na coordenação e nos meios disponíveis".
"Mas é evidente que no campo do conhecimento, considerando a natureza extraordinária em que toda a Europa está a viver em funções de alterações climáticas, é necessário ter os diferentes centros de conhecimento para se poder antecipar, antever os sistemas que têm que se adaptar o mais depressa possível a estas alterações", firmou.
O ministro chamou também a atenção para o facto de os incêndios "ainda não terem terminado" este ano.
"Temos ainda tempos difíceis até ao inverno. Há sempre que contar com surpresas da natureza, é preciso estar preparado para essas surpresas. Temos que estar preparados não apenas para aquilo que ainda temos de enfrentar este ano, mas também começar a preparar o próximo ano".
José Luís Carneiro avançou ainda que, nos dias 11 e 12 de novembro, vai realizar-se em Lisboa uma reunião com os responsáveis da proteção civil a nível europeu para troca de experiências e "fazer face às dificuldades que vão existir pela frente".~
A análise vai ser feita aos 10% dos incêndios que ocorreram este ano e não conseguiram ser extintos em 90 minutos, sendo dado particular destaque ao fogo que deflagrou durante 11 dias em agosto na Serra da Estrela, disse à Lusa o presidente da AGIF, Tiago Oliveira.
No início da reunião estiveram também presentes a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e os secretários de Estado da Defesa Nacional, da Proteção Civil, da Segurança Social e da Agricultura.
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