Incêndio deflagrou a 02 de agosto, em Sirarelhos, serpenteou a serrão do Alvão e estendeu-se a Mondim de Basto.
O presidente da Câmara de Vila Real quer saber o que "não correu bem" no incêndio que se prolongou por 12 dias e entrou esta quarta-feira em resolução, depois de queimar 6.445 hectares na serra do Alvão.
"Deixou-nos muito preocupados alguns daqueles que foram os silêncios que se verificaram e, por isso mesmo, da nossa parte quereremos saber o que é que não correu bem efetivamente aqui em Vila Real para termos um incêndio que esteve 12 dias a lavrar precisamente naquilo que é o nosso coração", afirmou Alexandre Favaios aos jornalistas.
O fogo deflagrou a 02 de agosto, em Sirarelhos, Vila Real, serpenteou a serrão do Alvão e estendeu-se a Mondim de Basto, esteve em conclusão e sofreu duas reativações, uma no sábado e outra na segunda-feira.
Durante este período, o autarca fez vários apelos a um reforço de meios no terreno e disse também que estava na hora de ouvir a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e o Governo sobre o incêndio que estava consumir o concelho em "lume brando".
Questionado sobre quem são os responsáveis a quem se dirige, Alexandre Favaios respondeu que "terão que ser os responsáveis máximos".
"Terá que ser a ANEPC, terão que ser responsáveis políticos também, que nos possam, de alguma forma, dar uma palavra que nos permita explicar às pessoas que tiveram as suas casas, as suas vidas, as suas terras, a sua floresta, aquilo que é o seu próprio rendimento, de alguma forma colocado em causa durante tantos e tantos dias", afirmou.
Alexandre Favaios disse entender que as condições de combate e meteorológicas foram adversas, mas apontou que, depois de uma situação de acalmia, o que se verificou, nos últimos dias, "foi novamente uma situação de tumulto".
"Foram 12 dias de muito trabalho, de muita luta. Foram mais de 6.000 hectares de área ardida, foi um povo ferido, mas que de facto continua em pé", afirmou o presidente.
E por isso mesmo, neste momento em que o incêndio voltou a uma fase de resolução, o autarca quis também deixar uma palavra "de gratidão" para com os bombeiros e restantes operacionais que no terreno "tiveram um trabalho absolutamente determinante" e que "não viraram a cara a Vila Real".
"Foram dias em que nós assistimos, e estivemos sempre no terreno, a momentos muito complicados, particularmente muito impactantes. Tivemos mais de 20 aldeias que estiveram envolvidas em todo este incêndio e isso deixou-nos naturalmente preocupados", referiu.
A avaliação dos prejuízos deixados pelo fogo será feita a partir de agora, no entanto o autarca disse que foi atingido o património natural de Vila Real, o Parque Natural do Alvão (PNA), ainda muita área de pasto e floresta.
"É o momento em primeiro lugar de avaliar o impacto daquilo que foi o prejuízo naturalmente gerado", referiu.
Acrescentando que o momento a seguir será de reflexão e de "perceber o que vai ser feito ao nível da estabilização de emergência dos solos ardidos e das estratégias de recuperação do património".
"A Câmara Municipal, dentro das suas competências, estará fortemente empenhada para ajudar a resolver aquilo que de alguma forma é a recuperação deste nosso património, daquilo que de facto é o nosso reino maravilhoso", frisou.
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