Um homem, de 56 anos, e uma criança de oito, morreram atingidos por uma avioneta ligeira que aterrou de emergência na praia de em São João da Caparica, em Almada, esta quarta-feira.
"Temos a confirmação que duas pessoas que foram colhidas pela avioneta e morreram no local. As vítimas são um homem e uma criança, de oito anos", do sexo feminino, disse Paulo Isabel, Comandante da Polícia Marítima de Lisboa, que assegurou que o piloto
reportou um problema no motor antes de tentar a aterragem.
Uma
senhora também terá ficado ferida no ombro ao tentar proteger a neta.
Os dois pilotos da avioneta saíram ilesos da ocorrência, foram ouvidos pelas autoridades e
constituídos arguidos. Amanhã terão de depor perante o Ministério Público e, no entretanto,
ficam com termo de identidade e residência.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou a instauração de um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente.
A avioneta acidentada trata-se de uma aeronave do Aeroclube de Torres Vedras, ao serviço da Escola de Aviação Aerocondor. Seguia de Cascais para Évora com um aluno e um instrutor.
Aparelho seguia em voo de treino com "instrutor sénior com elevada experiência"A empresa já garantiu lamentar "profundamente o acidente" e deixou "profundos pêsames aos familiares das vítimas deste trágico acidente".
"Não tendo no momento informação detalhada sobre o acidente podemos informar que a aeronave encontrava-se em voo de treino com um aluno e um instrutor sénior da Escola Aerocondor, de 56 anos, com elevada experiência e milhares de horas de pilotagem", disse a Escola de Aviação Aerocondor, em comunicado.
Neste momento, o caso vai ser investigado pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários. "Naturalmente a Escola de Aviação Aerocondor colaborá na máxima extensão das suas possibilidades", diz a empresa.
Banhistas revoltados tentaram agredir tripulantes de avioneta acidentadaAlgumas pessoas que estavam na praia quando ocorreu o acidente da aeronave, revoltaram-se e tentaram agredir os tripulantes, sendo necessária a intervenção da Política Marítima.
Célia Rocha, que no momento da aterragem de emergência estava no areal, contou à Lusa que o seu filho e o seu sobrinho, de 10 e 11 anos, estavam na água, onde puderam ver a aproximação da avioneta à praia, a qual "vinha descontrolada", tendo acabado por aterrar no areal.
"Havia espaço na água e o erro deles [os tripulantes] foi tentar aterrar aqui. A praia estava cheia e viveram-se momentos de pânico", relatou Célia Rocha, sobre o acidente na praia de São João, na Costa de Caparica, em Almada.
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