A edição de hoje
Mulher experimentou por curiosidade. PJ investiga e tenta localizar mentores.
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O público-alvo do jogo ‘Baleia Azul’ são adolescentes com tendências depressivas. Contudo, em Mangualde, foi já confirmado um caso - o primeiro no País - que envolve uma mulher que terá entre 30 e 40 anos. "As ações de sensibilização que estamos a levar a cabo direcionam-se aos jovens, quer com flyers informativos quer com outras ações de sensibilização nas escolas e, por isso, o caso que envolve uma mulher em idade adulta deixa-nos a todos espantados", diz fonte da GNR de Viseu.
A mulher terá cumprido a primeira etapa do jogo que consistia em cortar-se numa mão. Experimentou por curiosidade, mas depois não quis continuar e acabou por ser ameaçada pelo moderador, que incorre num crime contra a vida, um dos mais graves da legislação.
Na segunda-feira, no concelho de Viseu, uma adolescente de 14 anos foi também confirmada como vítima do jogo. Fez um golpe no pescoço com uma lâmina de barbear numa altura em que se encontrava na escola.
"A jovem pesquisou no Google sobre o jogo ‘Baleia Azul’ e acabou por ser contactada por um indivíduo, que se supõe que seja brasileiro, e que insistiu para que participasse no jogo", explicou Vítor Rodrigues, comandante da PSP de Viseu.
A escola, ao aperceber-se da situação, alertou a mãe da vítima. A jovem recebeu tratamento no Hospital de Viseu e já teve alta médica. Em ambos os casos foi apresentada queixa, que seguiu para o Ministério Público (MP) e que passou a investigação à Polícia Judiciária.
O MP tem em curso outros três inquéritos nas comarcas de Setúbal, Portalegre e Faro relacionados com o jogo na internet ‘Baleia Azul’ que estimula a automutilação e o suicídio.
PORMENORES
Homem diz-se vítima
Um homem com cerca de 40 anos deslocou-se na segunda- -feira à PSP de Viseu e garantiu ter sido vítima do jogo ‘Baleia Azul’. Ficou de passar pelo posto mais tarde para apresentar queixa, mas tal nunca aconteceu. A polícia está atenta, sobretudo junto das escolas.
DGS recomenda
Na internet, a Direção-Geral da Saúde tem recomendações e sinais de alerta que passam pelo trabalho de parceria entre a família, a escola, a saúde e as entidades de segurança pública, assim como a importância da abordagem do fenómeno junto dos jovens. O organismo pede atenção ao comportamento.
É uma "aplicação"
Jorge Ascensão, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais, afirmou que a ‘Baleia Azul’ "não é um jogo", mas sim "uma aplicação atentatória" da saúde mental e física de crianças e jovens.
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