O depósito, instalado numa antiga fábrica de pneus, fica situado numa das extremidades da vila da Lousã, num dos acessos de quem se dirige para Coimbra, não havendo casas em perigo.
O comandante dos Bombeiros Municipais da Lousã, João Pedro Melo, disse à agência Lusa que no combate inicial os bombeiros "preocuparam-se em circunscrever as chamas ao depósito para evitar a propagação a armazéns e fábricas das proximidades", o que foi conseguido.
Pelas 18h00, debeladas as chamas, os cerca de 50 bombeiros de várias corporações da região presentes no local, apoiados por 16 viaturas, passaram a combater o sinistro "directamente, com espuma" para arrefecer o material em combustão.
"Depois terá de ser feito um trabalho de remoção [dos pneus) que pode demorar dias", afirmou o comandante dos Bombeiros Municipais, João Pedro Melo.
O comandante dos Bombeiros não soube precisar a quantidade de pneus existente no local, indicando que serão "várias toneladas".
Já o proprietário do depósito, Filipe Santos, disse à agência Lusa que este "se destina à reciclagem de borracha" proveniente de pneus e considerou o incêndio tem "mão criminosa".
De acordo com o empresário, que também não soube quantificar a quantidade de pneus ali acumulada "a borracha para entrar em auto-ignição precisa de uma temperatura superior a 400 graus [centígrados].”
Fonte dos bombeiros disse ainda que "vários elementos" que participaram no combate às chamas sofreram intoxicações, pelo fumo, estando a receber tratamento, no local, através da utilização de máscaras de oxigénio.
No local estavam ainda, às 18h00, três máquinas retroescavadoras e uma de rasto da Câmara Municipal da Lousã a ajudar às operações.