O militar, ao que tudo indica da Força Aérea e que foi constituído arguido pela violação de uma colega do Exército num quartel das Forças Armadas, foi traído pelos boxers que deixou no quarto da vítima após o crime.
Foi a mãe da militar violada quem o revelou ao
CM. Pedindo anonimato, explicou que a jovem já conhecia o predador sexual há meses, por trabalharem no mesmo quartel.
"Apesar de ele ter mulher e uma filha bebé, fazia avanços sobre a minha filha. Ela sempre recusou", garantiu a mãe. Na terça-feira, os dois colegas cruzaram-se no bar da unidade. O que se passou a seguir é investigado pela Polícia Judiciária Militar (PJ-M), mas, segundo acredita a familiar da militar, "alguma droga foi deitada numa bebida".
"A minha filha deve ter adormecido, acordou sem se lembrar de nada, nua e deitada na cama do quarto", explicou. A jovem pediu socorro aos superiores e, em poucos minutos, ganhou forma a suspeita de que a militar tinha sido violada. A descoberta de um par de boxers de homem num caixote do lixo no quarto serviu de prova.
A peça de vestuário terá sido enviada para análise pericial e serviu para chegar à identidade do agressor sexual. O militar foi constituído arguido pelo crime de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência e está retido na unidade como medida cautelar.
Quanto à vítima, está ausente do trabalho. "Ela fez exames no Instituto de Medicina Legal, e está a ser seguida por um psicólogo. Está muito mal", concluiu a mãe.