De acordo com os elementos recolhidos ao longo da investigação, o primeiro contacto com as vítimas era estabelecido online, que, posteriormente, passava a conhecimento pessoal
Depois de uma fase de namoro entre o suspeito e cada uma das vítimas, este passava a viver com elas, prometendo-lhes casamento e garantindo ser “endinheirado”. De seguida, as mulheres entregavam-lhes “avultadas quantias em dinheiro e objectos de valor, acabando, algumas delas, por ficar em difícil situação económica”, refere a PJ em comunicado.
Quanto à suspeita, ex-companheira do arguido, fazia-se passar, perante algumas das vítimas, “por magistrada de um tribunal superior com o único propósito de conferir maior credibilidade aos artifícios enganosos por ele inventados”.
A PJ realizou duas buscas domiciliárias, no decurso das quais foi possível “apreender diversos objectos pertencentes às vítimas, duas armas de fogo, documentos e outros objectos utilizados nestas actividades ilícitas, nomeadamente diverso fardamento utilizado pelo detido nas suas encenações”.
Os detidos, ambos sem profissão conhecida, vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coacção.