Ex-apresentador já viu recusados dois pedidos para sair temporariamente da cadeia.
Carlos Cruz quer ir passar o Natal a casa. Ricardo Sá Fernandes, advogado do ex-apresentador, confirmou ao CM que, nos próximos dias, vai apresentar o terceiro pedido de saída precária do seu cliente, a cumprir seis anos de cadeia, no Estabelecimento Prisional da Carregueira (EPC), Sintra, por abusos sexuais no âmbito do escândalo de pedofilia da Casa Pia.
Os dois primeiros pedidos apresentados ao Tribunal de Execução de Penas (TEP) – no Natal do ano passado e em abril – foram recusados. Segundo Ricardo Sá Fernandes, os argumentos usados foram semelhantes em ambas as ocasiões. "Foram alegadas questões de prevenção geral", explicou o causídico. Recorde-se que o ex--apresentador de televisão se entregou na prisão a 3 de abril de 2013, após ter transitado em julgado a condenação por dois crimes de abusos sexuais, numa casa de Lisboa, dados como provados no julgamento do processo Casa Pia.
O primeiro pedido de saída precária apresentada por Carlos Cruz ocorreu em dezembro do ano passado. A intenção era também ir passar o Natal a casa. A defesa de Carlos Cruz propunha que ficasse sujeito a vigilância eletrónica, atenta a sua idade: 72 anos. No entanto, o juiz do TEP que apreciou o recurso recusou o pedido. Em abril deste ano, um ano depois de ter começado a cumprir pena, Carlos Cruz fez novo pedido de saída precária, que voltou a ser recusado.
O antigo apresentador já cumpriu 34 meses de prisão. Em janeiro de 2015 cumprirá metade da pena a que foi condenado (três dos seis anos), o que, por lei, lhe dá a possibilidade de pedir para sair em liberdade condicional. No entanto, ao que o CM apurou, a liberdade condicional só é concedida após ter havido, pelo menos, uma saída precária.
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