Mira Amaral foi acusado de ter “agredido” uma funcionária da SATA ( empresa brasileira de serviços associada da companhia aérea Varig) no aeroporto internacional de Natal, no Brasil.
Em declarações ao Correio da Manhã, Mira Amaral disse que o caso ocorreu no início deste mês, quando se preparava para regressar a Portugal depois de um período de férias com a família, no Brasil. “É perfeitamente exagerado o termo ‘agressão’ utilizado no relatório da administração do aeroporto, limitei-me a levantar a voz e a agitar os bilhetes junto à cara da funcionária”, acrescentou Mira Amaral ao CM.
A cena passou-se no Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Natal, capital do estado do Rio Grande do Sul, no último dia 3 de Janeiro. De acordo com o relatório da administração do aeroporto, citado pela revista ‘Nova Gente’, “o cidadão português Luís Fernando Mira Amaral agrediu fisicamente a funcionária da SATA, Ana Cláudia, porque o voo estava atrasado”. A SATA, Serviços Auxiliares de Transportes Aéreos, é uma associada da Varig.
O voo TAP 0145, com destino a Lisboa, previsto para segunda-feira, 3 de Janeiro, acabou por ser adiado para o dia seguinte. No entanto, a viagem de regresso de Mira Amaral, presidente do conselho empresarial da Associação Industrial Portuguesa, acabaria por complicar-se.
Ainda no dia 3, diz o ex-ministro que, e ao contrário do que é habitual acontecer, a fila de ‘check-in’ era apenas uma para passageiros da classe económica e executiva. Depois, o voo foi adiado. “Eu saí da fila e dirige-me ao balcão para falar com a funcionária. Mas ela virou-me as costas. E um passageiro, ainda por cima a viajar em executiva, não pode ser tratado assim”, garante Mira Amaral.
Apesar de várias tentativas, o CM não conseguiu contactar Ana Cláudia, a funcionária que diz ter sido agredida, nem nenhum responsável da SATA – uma empresa brasileira que também presta serviços à TAP. Por parte da transportadora aérea portuguesa, um responsável limitou-se a dizer que “não há quaisquer comentários a fazer”.
“SITUAÇÃO DESAGRADÁVEL”
Mira Amaral confirma que, tal como sucedeu com a funcionária do balcão, prestou declarações sobre os acontecimentos no aeroporto internacional de Natal.
“Foi uma situação desagradável. Mas há testemunhas do que se passou”, diz o ex-ministro, que se encontrava acompanhado pela mulher e pela fiha. Os restantes passageiros e os funcionários de balcões vizinhos também assistiram a tudo.
Segundo disse ao CM o ex-ministro Luís Mira Amaral, tudo se precipitou depois de a funcionária lhe ter virado as costas ao ser interpelada. “Agitei os três bilhetes e levantei a voz. Quando isso aconteceu, ela virou-se outra vez para mim e os bilhetes tocaram-lhe na cara. Foi o que aconteceu e foi o que eu disse nas declarações que prestei no aeroporto. Eu exaltei-me, mas depois até acabei por pedir desculpa à menina”, afirma.
No relatório da administração do Aeroporto Internacional Augusto Severo, os responsáveis escreveram que Mira Amaral “agrediu fisicamente” a funcionária Ana Cláudia.
“Não. Isso é perfeitamente exagerado”, nega Mira Amaral, que diz nunca mais ter sido contactado por nenhum responsável do aeroporto brasileiro sobre o sucedido a 3 de Janeiro.
A cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte, é conhecida como ‘Cidade do Sol’ e exibe com orgulho o título de zona com o ‘ar mais puro das Américas’. É um dos destinos turísticos de eleição para as férias de muitos portugueses.
Em 4 de Janeiro, “depois de passar a noite no hotel”, Mira Amaral, a mulher, a filha e os restantes passageiros do voo TAP 0145 deixaram para trás este autêntico paraíso brasileiro e acabaram por regressar a Lisboa.
"EXALTEI-ME, MAS PEDI DESCULPA"
“Desagradável”. É assim que Mira Amaral classifica a situação em que esteve envolvido a 3 de Janeiro no Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Natal, Brasil. “Quando uma pessoa viaja em classe executiva, como era o meu caso, parte do princípio que deve ser tratado de uma forma diferente. Também viajo em classe económica e sei como é”, diz Mira Amaral, que regressava de férias com a mulher e a filha .
Segundo o ex-governante, as três passagens terão custado 6500 euros. “O normal é haver duas filas, uma para cada classe. E naquele dia só havia uma. Eu saí da fila e aproximei-me do balcão onde estava uma funcionária da SATA. Mas ela virou-me as costas. Aí sim, exaltei-me, comecei a agitar os três bilhetes e levantei a voz. Ela então virou-se para mim e os bilhetes, os três que eu segurava, tocaram-lhe na cara. Não se passou mais nada e, inclusive, acabei por pedir desculpa à funcionária “, explica ao Correio da Manhã Luís Mira Amaral - engenheiro electrotécnico, presidente do conselho empresarial da Associação Industrial Portuguesa, ex-ministro da Indústria e Energia dos governos de Cavaco Silva.
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