Os últimos dias têm sido marcados pelos hectares de área florestal ardida no sul do país.
O incêndio de Castro Marim, até agora o de maior dimensão, começou a lavrar ao início da madrugada de segunda-feira e só foi dominado na tarde de terça-feira.
O vento e as altas temperaturas que se fazem sentir no Algarve alimentaram as chamas que consumiram 6700 hectares.
Foram mobilizados mais de 600 bombeiros de diversas regiões do país, que tiveram de ser apoiados por 209 viaturas e 11 meios aéreos.
Uma das grandes preocupações da população foi salvar os animais do Canil Intermunicipal e o apoio de cerca de 100 voluntários foi fundamental para que os operacionais no terreno conseguissem retirar 80 cães e 110 gatos do local.
O incêndio estendeu-se ainda a Tavira e Vila Real de Santo António, onde morreram 14 animais num abrigo ilegal, de que a autarquia não tinha conhecimento. O ministro do Ambiente e da Ação Climática veio lamentar a morte dos animais e avançou que vai abrir um inquérito administrativo que vai permitir apurar responsabilidades.
Algumas plantações da região foram destruídas e o Ministério da Agricultura também já anunciou que os agricultores vão poder reportar os prejuízos resultantes do incêndio. A Câmara de Castro Marim assegurou que vai dar apoio aos mais afetados e criou um gabinete de crise para o efeito.
Já na tarde desta quarta-feira, mais dois fogos começaram a lavrar com grande intensidade. Mais de duas centenas de bombeiros e 12 meios aéreos combatem as chamas em Odemira, no concelho de Beja, e a dimensão do fogo é visível a dez quilómetros de distância, em Monchique, onde se pode observar uma densa coluna de fumo.
Até ao momento, estão confirmados dois feridos.
Também no município de Loulé, na localidade do Ameixial, cerca de 80 operacionais e três meios aéreos tentam travar outro incêndio.
O sul do país tem estado em chamas nos últimos dias e 14 distritos do Continente mantêm-se em situação de alerta até ao final desta quarta-feira.