A jovem comerciante, com cerca de 30 anos, regressava do armazém de que é proprietária, no Porto Alto, quando, a poucos metros da entrada da vivenda onde reside, na rua António Silva, três homens de cara tapada a emboscaram. Em casa, a mãe e o pai da vítima tomavam conta de quatro bebés, e só se aperceberam de que alguma coisa tinha acontecido quando a filha entrou a gritar. "Eles correram para ela, apontaram-lhe as pistolas e gritaram: ‘não falas, passa para cá o dinheiro’. Depois fugiram a correr na direcção contrária", recorda a mãe.
Ficou sem seis mil euros e o telemóvel – a Polícia Judiciária acredita que os assaltantes conheciam a vítima e sabiam que àquela hora transportava uma elevada quantia em dinheiro. Mas, encapuzados, a mulher apenas sabe que "dois dos homens eram baixos e um alto".
Na vizinhança ninguém se apercebeu do crime. A vizinha da frente mostrava-se mesmo surpreendida com o assalto do dia anterior, numa rua considerada "pacata". No Porto Alto, onde existem vários armazéns de produtos chineses, estes imigrantes são o alvo cada vez mais preferencial dos assaltantes. Os crimes também têm ocorrido cada vez mais com recurso à violência.
A população chinesa da zona chegou inclusive a manifestar-se em frente ao posto da GNR de Samora Correia após a morte a tiro de um comerciante chinês, num armazém, em Dezembro de 2010. Na altura, esteve presente uma represente do cônsul da China. A GNR tomou conta da ocorrência, mas a investigação pertence à Secção de Roubos da PJ de Lisboa.