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Comportamento do vento ditará operação de meios aéreos em Gondomar

Situação no concelho "permanece muito complicada" e obrigou à "retirada de pessoas de casa".

17 de setembro de 2024 às 22:10

O presidente da Câmara de Gondomar disse esta terça-feira à Lusa que a participação de meios aéreos, prevista para quarta-feira, no combate aos incêndios que lavram no concelho irá depender do comportamento do vento durante a noite.

"A participação de meios aéreos no combate às chamas na quarta-feira vai depender para onde o vento empurrar o fumo durante a noite", explicou o autarca à margem do balanço sobre a evolução dos incêndios em Gondomar.

Marco Martins referiu ainda a previsão de um comportamento positivo do vento para as próximas horas, afirmando ser "fundamental que houvesse não só em Gondomar, como em Baião, Marco de Canaveses e em Santo Tirso para os meios aéreos poderem atuar [na quarta-feira], porque eles já cá estiveram várias vezes, mas não conseguem atuar porque não têm teto nem condições de segurança".

Neste contexto, afirmou, a situação no alto concelho "permanece muito complicada" e obrigou à "retirada de pessoas de casa", um trabalho partilhado pela GNR e pelas juntas de freguesia "batendo porta a porta para garantir que não há nenhum problema".

"Essas pessoas estão a ser levadas para pavilhões na sua área de residência, nas próximas horas com o vento a reduzir [de intensidade] poderão retornar às suas casas", confiou Marco Martins.

No balanço feito cerca das 17:30, o autarca informou que "o vento acalmou" e, por isso, há "uma janela de oportunidade [para combater as chamas] até cerca da meia-noite, altura em que voltarão as rajadas de vento e que a madrugada se prevê igual ou pior que a anterior".

"O problema é que os homens estão exaustos, não há meios de substituição, os meios aéreos não podem atuar, os bombeiros não conseguem fazer mais, as populações estão a ser incansáveis a tentar salvar as suas casas, a ajudar os vizinhos, mas há casos de pessoas em casas isoladas", lamentou.

O autarca reforçou que "não há nenhum grupo de reforço de meios, os que vieram do sul do país, do Algarve, de Lisboa e do Alentejo não passaram de Coimbra para cima, o que quer dizer que em Aveiro e no Porto estão completamente sem qualquer tipo de ajuda".

O socialista revelou ainda que a Autoestrada (A)43 vai ser reaberta até à Estrada D. Miguel, que, por seu lado, se manterá cortada até à A41 e até à CREP [Circular Regional Exterior do Porto].

Quanto aos feridos e danos materiais, informou manter-se o número de sete feridos, um deles em estado grave e a ser operado no Hospital Santo António, no Porto, e que ardeu uma oficina de manhã na freguesia de Jovim, onde foram 22 carros consumidos pelas chamas.

Quanto a casas atingidas pelas chamas, Marco Martins precisou que "arderam anexos, não o edifício principal".

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