"Não obstante a gravidade dos crimes, o tribunal dá--lhe um voto de confiança", explicou o juiz Carlos Azevedo. "O tribunal deu-lhe uma oportunidade. Nós já lhe demos muitas ao longo da vida", reagiu um dos filhos, 19 anos, à saída da audiência.
Após ouvir a sentença, Ana era uma mulher amargurada. "Quando finalmente ganhei coragem e pedi ajuda ao tribunal, acaba por ficar tudo igual. Um dia, ele mata-nos e nessa altura será tarde para fazer justiça", desabafou ao CM a vítima.
Segundo a sentença, o operário agredia a mulher e os filhos a murro, pontapés, bofetadas e ainda os arrastava, puxando-lhes os cabelos. António foi condenado por violência doméstica e dois crimes de maus tratos aos filhos.