Na missa de corpo presente, realizada ontem, ao final da tarde, na igreja paroquial de Durrães, o pároco José Lima falou de um homem "que seguiu a Cristo, que se confessava uma vez por mês e a quem Deus concedeu uma vida excepcionalmente longa".
"É uma perda ímpar para toda a comunidade, mas o nosso irmão sabia como poucos que só o corpo morre e que a alma continua viva em louvor a Deus Pai", disse o sacerdote perante uma assistência que enchia por completo o templo.
António Castro foi, ao longo de 33 anos, o homem-forte de Durrães. Como regedor, era ele que assegurava a segurança da terra. No tempo da racionalização dos alimentos, era ele que policiava a distribuição de pão.
António Castro foi também juiz de paz, com poderes para resolver pequenos conflitos, como conciliações em partilhas ou sortes de águas. O seu nome fica ligado à construção da primeira escola da terra.