“Vai haver demolições e infelizmente as pessoas vão ficar na rua”, garantiu ao CM Rui Rama da Silva, vereador da Habitação e Acção Social em Cascais, embora defenda a necessidade de um segundo Plano Especial de Realojamento (PER) – o anterior data de 1993 – para recensear os imigrantes e dar resposta a estes casos. “Compreendo este problema, mas há contingências legais que derivam do PER e que não podemos escamotear. Estou a passar a bola a quem tem de resolver esta questão, a Segurança Social”, diz.
As máquinas da autarquia vão derrubar oito das barracas e, ao mesmo tempo, os moradores prometem uma manifestação pacífica. “Estado é Estado e não vamos desafiá-lo”, afirma Alberto Sanha, porta-voz dos desalojados. “Se acham que vão demolir as barracas, nós não temos força para evitar.”
Rita Silva, da Associação Solidariedade Imigrante, mantém-se do lado das famílias ameaçadas pelas demolições e sem acesso a habitação – tal como no caso da Amadora (Azinhaga dos Besouros e Fontaínhas).
“Não temos direito a casa, mas possibilitem-nos o arrendamento”, acrescenta Alberto Sanha. “Só temos acesso à compra; Mas como? Não temos dinheiro nem fiador.”
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