"A senhora começou a sentir-se mal e chamámos os enfermeiros, que lhe deram oxigénio. Apercebeu-se perfeitamente de quando morreu e até puxaram a cortina, mas o cadáver da mulher lá ficou, durante várias horas", conta ao CM uma familiar que assistiu.
"Disseram que tinham normas a cumprir e não podiam tirar dali o corpo", adianta, frisando que "o calor era infernal e o ar condicionado estava avariado".
Em comunicado, o Centro Hospitalar de Lisboa Central, que integra o Hospital de São José, refere que "o corpo da doente nunca esteve exposto aos olhares nem ao contacto com os outros doentes e visitas". Adianta que se manteve "totalmente resguardado durante duas horas, até à recolha e encami-nhamento para a morgue".
O facto de o cadáver ter ali permanecido entre as 18h30 e as 20h30, período durante o qual servem uma refeição aos doentes, ainda chocou mais os familiares. "A distância entre as camas é mínima e sabe-se que está ali um morto", refere a familiar.