Henrique Ângelo, o motorista do autocarro que se despistou e provocou a morte a quatro portugueses, em janeiro de 2017, em França, foi hoje condenado a dois anos de prisão com pena suspensa por lesões e homicídios involuntários por condução. Segundo o 'Le Journal de Saône-et-Loire, o arguido fica também proibido de conduzir viaturas motorizadas durante cinco anos.
A empresa transportadora e outra, proprietária da viatura, ambas do pai do motorista, terão de pagar, ao todo, indemnizações de 78 mil euros.
O autocarro seguia a 101 km/h pouco antes do despiste que matou quatro portugueses e deixou 28 feridos, na Estrada Centro Europa Atlântica, em Charolles, em França, a 8 de janeiro de 2017. Estes dados foram indicados nos relatórios dos peritos, citados no início do julgamento, no Tribunal de Mâcon.
No acidente morreram Lídia e José Montez, e ainda Graça Murça, de Vila Nova de Foz Coa, além de Marília Nogueira, de Lousada. A velocidade a que seguia o autocarro foi considerada inadequada pelos peritos, devido à presença de gelo na estrada, e terá originado a perda de controlo da viatura. Mas o acidente foi também causado pela inflação excessiva de pneus, pelo peso da bagagem que limitou a travagem, e pela má fixação do banco do motorista.
A empresa proprietária do autocarro era, por isso acusada, de má manutenção técnica da viatura. O procurador da república pedia que as duas empresas pagassem, cada uma, 100 mil euros de indemnização, mas foram aplicados os pagamentos de 28 mil euros pela Angelotáxi e 50 000 euros pela Rota das Gravuras.