Os corpos dos dois jovens foram resgatados dos escombros pelas 14h50, disse fonte da Proteção Civil, e serão levados para o Instituto de Medicina Legal de Viana do Castelo. A remoção dos cadáveres está agora apenas dependente da autorização do delegado de Saúde e da Polícia Judiciária.
No local estiveram 31 operacionais e 12 veículos, dos bombeiros de Esposende e Viatodos e do INEM, além do Serviço de Proteção Civil de Esposende, GNR, Polícia Judiciária e psicólogos da autarquia de Esposende.
O 2.º Comandante da Proteção Civil de Braga disse que os técnicos ainda estão avaliar as causas do acidente, mas confirmou que os primeiros indícios apontam para que tenha sido causado pela chuva que se fez sentir nesta região do Minho.
"[O deslizamento] Foi, possivelmente, foi causado pela chuva, mas tal carece de confirmação dos técnicos no local, que vão ter apoio de mais dois engenheiros da Universidade de Minho. Serão as autoridades a avaliar as causas", disse o responsável. "Será, certamente, uma operação demorada", adiantou ainda.
A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar as circunstâncias do deslizamento. Fonte da PJ disse à Lusa que já foi feita uma primeira deslocação de inspetores ao local, designadamente para recolha de informação e registo fotográfico.
"Posteriormente, quando a situação no terreno estiver consolidada e tivermos luz verde da Proteção Civil, voltaremos lá para continuar a investigação", acrescentou.
Os moradores das habitações à volta da casa atingida foram alertados para a situação.
O alerta foi dado às 03h55.
A Câmara de Esposende disse esta quarta-feira que o processo de licenciamento da casa atingida por um deslizamento de terra em Palmeira de Faro "decorreu com normalidade", adiantando desconhecer qualquer reclamação do proprietário quanto a eventuais situações de risco.
Em comunicado, a câmara acrescenta que a habitação está inserida numa operação de loteamento datada de 1994, constituída por 14 lotes.
"O processo de licenciamento desta habitação decorreu com normalidade, desconhecendo-se a existência de qualquer reclamação apresentada pelo proprietário desta habitação quanto a eventuais situações que pudessem pôr em perigo a mesma", lê-se no comunicado.