A vereadora da Habitação, Isabel Guerreiro, referiu ao CM que a maior parte das pessoas que habitava as barracas já tinha sido anteriormente realojada pela autarquia num outro local mas, devido a conflitos familiares, abandonara essas casas e fora viver para aquele local. "Demos tempo para que eles se reconciliassem e voltassem aos locais de origem" salientou ontem a vereadora.
Em relação aos restantes moradores, Isabel Guerreiro afirmou que estavam numa situação ilegal e, como não constam no levantamento efectuado pela autarquia, "terão de encontrar soluções pelos seus próprios meios".
A operação de demolição gerou algum protesto pelos moradores. "Eu não tenho casa e agora não sei para onde vou viver com a minha mulher e os meus dois filhos", disse Américo Cabaças. E acrescentou que vivia numa casa pré-fabricada da Câmara, que fora cedida à sua sogra.
Outra moradora, Maria Faia, que tem quatro filhos, um dos quais em cadeira de rodas, afirmou que a sua família tinha sido realojada noutro local, mas "houve um conflito" e agora, diz, não pode "regressar para lá".