Em Vila Pouca de Aguirar, apenas três das 14 freguesias do concelho não foram atingidas pelo fogo.
Empresas agrícolas e casas destruídas pelas chamas marcaram, esta quarta-feira, as populações atingidas pelos incêndios nas regiões norte de centro de Portugal, num dia em que chegaram mensagens de apoio de Espanha e de Timor-Leste.
Em Vila Pouca de Aguiar (distrito de Vila Real) apenas três das 14 freguesias do concelho não foram atingidas pelo fogo, o que deixa antever grandes prejuízos na floresta e na agricultura, segundo as primeiras estimativas da autarquia.
No distrito de Aveiro, complicou-se durante a madrugada o combate ao fogo em Águeda, onde a situação voltou a descontrolar-se. Foram ativadas cinco zonas de apoio à população e realojadas 62 pessoas.
Mais de 50 concelhos de Portugal continental estão em risco máximo de incêndio, nos distritos de Faro, Portalegre, Santarém, Castelo Branco, Leiria, Coimbra, Guarda, Braga e Bragança.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabilizava, às 12h00 desta quarta-feira, 44 incêndios em curso, que mobilizavam 3.151 operacionais, 972 meios terrestres e 19 meios aéreos.
De acordo com as explicações do comandante nacional André Fernandes no ponto de situação sobre os incêndios realizado na sede da ANEPC, em Carnaxide (Oeiras), foram efetuadas 67 missões aéreas, das quais 20 em ataque inicial e 47 em ataque ampliado.
Entre os 44 incêndios, 23 são considerados ocorrências significativas e atingem, sobretudo, as regiões norte e centro, com 58 e 17 municípios afetados, respetivamente.
Às 03h30, mais de 5.500 operacionais combatiam 140 incêndios, apoiados por 1.800 meios terrestres. Os fogos que lavram há vários dias no distrito de Aveiro concentravam o maior número de meios.
Às 08h00, estavam envolvidos no combate às chamas 4.400 operacionais e contabilizavam-se cerca de 50 fogos ativos.
O incêndio florestal que deflagrou na segunda-feira de manhã em Albergaria-a-Velha (Aveiro) entrou hoje de manhã em fase de resolução.
Também o incêndio que lavrava desde segunda-feira em Cabeceiras de Basto, Braga, foi dominado pelas 02h00.
O Governo declarou a situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios dos últimos dias.
No distrito do Porto, muitos bombeiros tiveram de ser assistidos por exaustão e os que se encontravam no terreno estavam no limite das capacidades.
Algumas habitações foram evacuadas na zona de Branzelo, em Melres, concelho de Gondomar.
Mais de 50 pessoas da freguesia de Ossela, em Oliveira de Azeméis, foram também retiradas de casa, durante a noite, e levadas para o edifício da Junta.
Em Mirandela, mobilizaram-se durante a noite mais de 100 operacionais para um incêndio que deflagrou na terça-feira numa zona de mato na freguesia de Vale de Asnes.
A circulação de comboios na Linha do Vouga foi, entretanto, retomada entre Aveiro e Águeda, continuando hoje de manhã suspensa entre Águeda e Sernada devido aos incêndios rurais.
O Rei de Espanha, Filipe VI, transmitiu a solidariedade do povo espanhol, em mensagem enviada ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na qual manifesta disponibilidade para "reforçar os apoios aéreos" no combate à tragédia vivida em Portugal.
Também o Governo de Timor-Leste manifestou solidariedade.
Sete pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62.000 hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam 47.376 hectares.
A Proteção Civil contabilizou hoje cinco mortos e 118 feridos nos incêndios, até ao momento.
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