Os incêndios que deflagraram na região Centro, no dia 17, provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos.
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A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, disse esta quarta-feira que o Estado gasta por ano 40 milhões de euros com o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP).
Na comissão parlamentar Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, a ministra adiantou que o SIRESP é um "sistema de comunicações seguro", não só para os agentes da proteção civil, como também para os polícias, sublinhando que "não é apenas para situações de emergência", mas "para o dia-a-dia".
Constança Urbano de Sousa disse também que "é evidente que houve falhas nas comunicações" do incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande.
Na comissão, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, anunciou que as quatro unidades móveis do SIRESP vão passar a estar pré-posicionadas por todo o país para poderem "acorrer a qualquer incidente de forma rápida e eficiente".
Jorge Gomes referia-se às duas unidades móveis que estão na PSP e na GNR e às outras duas da Autoridade Nacional de Proteção de Civil que vão passar a estar ligadas por satélite.
Uma das recomendações da entidade que gere o SIRESP, sugerida no relatório divulgado na terça-feira, era a maior utilização das duas estações móveis "nestas situações críticas e uma melhor gestão da sua localização", designadamente a pré-deslocação de uma estação para o norte do país e de outra para o sul, antes do período de incêndios.
Jorge Gomes adiantou que a rede SIRESP cobre quase a totalidade do território nacional e avançou que vão ser instaladas quatro estações nas chamadas zonas sombra.
"A cobertura de rede é muito boa, a rede SIRESP tem constrangimentos como qualquer outro rede, mas estamos a falar de uma rede específica. Quando as outras falham esta tem que sobreviver", disse.
Segundo Jorge Gomes, um dos constrangimentos da rede é quando as estações entram em modo local, ou seja, quando deixam de comunicar para o exterior.
"Num incêndio como este, em que tínhamos cinco concelhos a arder, a comunicação entre os vários postos de comando quase que não era possível pela via SIRESP", afirmou, sublinhando que esteve a funcionar o sistema de operações dos bombeiros voluntários.
O secretário de Estado disse também que, durante o incêndio de Pedrogão Grande, "não ardeu nenhuma estação da rede SIRESP".
Os incêndios que deflagraram na região Centro, no dia 17, provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foram dados como extintos no sábado.
Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.
A área destruída por estes incêndios - iniciados em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e em Góis, no distrito de Coimbra - corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo em março.
Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236.1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.
O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.
O incêndio de Góis, que também começou no dia 17, atingiu ainda Arganil e Pampilhosa da Serra, sem fazer vítimas mortais.
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